sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sequestros de emoções

Que vá um gole do nosso fundo pra um fundo de outrém
Que molhe em chamas algum chamamento de ninguém
Que escreva a soltura fluindo algo que nos limpe nesse vai e vém

Que esses versos sejam como dor jogada ao fogo
Compondo o fim desse nosso triste jogo
De partir e sofrer sem ninguém

Que seja perdoada a nossa incompreensão
Que a ignorância seja pacificada com gotas de luz

Que um compromisso com a verdade
Me empreste
Sem pressa
Às tantas vidas
À personagens
À poesia
À vida

Que eu seja poço profundo
Sabendo colher toda a água de mim
E assim matar a sede que nos doa

Que eu seja eu tu nós em laços

Que o querer dê lugar ao doar