Que vá um gole do nosso fundo pra um fundo de outrém
Que molhe em chamas algum chamamento de ninguém
Que escreva a soltura fluindo algo que nos limpe nesse vai e vém
Que esses versos sejam como dor jogada ao fogo
Compondo o fim desse nosso triste jogo
De partir e sofrer sem ninguém
Que seja perdoada a nossa incompreensão
Que a ignorância seja pacificada com gotas de luz
Que um compromisso com a verdade
Me empreste
Sem pressa
Às tantas vidas
À personagens
À poesia
À vida
Que eu seja poço profundo
Sabendo colher toda a água de mim
E assim matar a sede que nos doa
Que eu seja eu tu nós em laços
Que o querer dê lugar ao doar
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
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