sexta-feira, 27 de setembro de 2013
passado
aqui é lugarzinho de paz. olhar esse céu daqui. muita beleza. ver o céu passar, o sol passar, escurecer, ai passam uns pássaros, cor indo, mudando, rosa, laranja, verde, azul, lilás, branco, azul, azul, preto, luz, brilho, luz, tudo isso. lendo fausto. paro, fico só olhando. que beleza. numa montanha longe, uma luz se movimentando, parece fogueira. lembro de você. te amo.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
fundo
mãe,
eu só posso confiar no seu amor
só.
e como filha minha,
me digo ainda
não dependa de ninguém
você é só
no fundo de você,
(d)eus
e só.
eu só posso confiar no seu amor
só.
e como filha minha,
me digo ainda
não dependa de ninguém
você é só
no fundo de você,
(d)eus
e só.
domingo, 15 de setembro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
Obscenos
Lembra-se de nós? Você todo afogado em mentira, eu louquinha pra estourar a bolha da hipocrisia.
Então inventamos
por debaixo da escada,
por debaixo dos panos,
por debaixo tanto
que criou raiz.
Lá inventamos ser de verdade. Queria ainda ser seu porto da verdade.
Nado em nada meu
à procura do teu.
Daquele teu
que foi me dado
para degustação e só.
Então inventamos
por debaixo da escada,
por debaixo dos panos,
por debaixo tanto
que criou raiz.
Lá inventamos ser de verdade. Queria ainda ser seu porto da verdade.
Nado em nada meu
à procura do teu.
Daquele teu
que foi me dado
para degustação e só.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Al
Era uma vez uma menina.
E homens.
E ela nem sabe continuar
por não saber discernir
se amor
se karma
se dharma
Ela só precisava crescer.
Boa noite.
O que é ela?
É portal de amor?
Ou portal de traição?
É chão de confusão.
Traçando teto de poço ancestral.
E homens.
E ela nem sabe continuar
por não saber discernir
se amor
se karma
se dharma
Ela só precisava crescer.
Boa noite.
O que é ela?
É portal de amor?
Ou portal de traição?
É chão de confusão.
Traçando teto de poço ancestral.
Registro
hoje me permitirei breguice em poesia
é dia do amor
presenteada
em telefonemas, eles, aqueles...
Eles
Aqueles
duas riquezas
aqueles que me trazem
maior riso
maior choro
Lá tamanho amor que vem não sei de onde
Vem de onde morte não existe
Lá buscamos adentrar universo
Adentrar arte
Porosear em ar(te)
é dia do amor
presenteada
em telefonemas, eles, aqueles...
Eles
Aqueles
duas riquezas
aqueles que me trazem
maior riso
maior choro
Lá tamanho amor que vem não sei de onde
Vem de onde morte não existe
Lá buscamos adentrar universo
Adentrar arte
Porosear em ar(te)
Dharma
Colo e em outra instância te ouço
Num toque adentro pele
E é só seu coração
Tambor de acalanto manso
Recanto em seu interior
Supondo dharma
Num toque adentro pele
E é só seu coração
Tambor de acalanto manso
Recanto em seu interior
Supondo dharma
domingo, 8 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
São João da Boa Vista
Nessa terra é possível
ser sozinha
e até não se sentir só.
Acalentar raiz
e receber do céu
toda beleza.
Fotografarei no íntimo
cada surgir de estrela
cada cor efêmera de céu
cada pintura de Deus
cada longe fogueira
cada aparecer surpreso de pássaro
enquanto Fausto se faz lido.
A raiz da paz
só pode ser aqui.
ser sozinha
e até não se sentir só.
Acalentar raiz
e receber do céu
toda beleza.
Fotografarei no íntimo
cada surgir de estrela
cada cor efêmera de céu
cada pintura de Deus
cada longe fogueira
cada aparecer surpreso de pássaro
enquanto Fausto se faz lido.
A raiz da paz
só pode ser aqui.
Assimetria de percepção
É como se um de meus olhos estivesse lá.
No fundo.
Onde minha razão não alcança.
O outro ronda-o em confusão,
imaturo,
alcançado em pensamento incessante,
confusão,
confusão.
E com esses olhos vejo.
Pairando em desequilíbrio.
Querendo abrigo amigo.
No fundo.
Onde minha razão não alcança.
O outro ronda-o em confusão,
imaturo,
alcançado em pensamento incessante,
confusão,
confusão.
E com esses olhos vejo.
Pairando em desequilíbrio.
Querendo abrigo amigo.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Pré tensão
Artista.
Ser artista.
Querer ser artista.
Que artista sou?
Que artista serei?
Que caminho é esse?
Que profissão louca,
louca,
louca
é essa?
Onde me meti...
Coloquei o dedo na fogueira
por lembrar ser fogo.
Ser artista.
Querer ser artista.
Que artista sou?
Que artista serei?
Que caminho é esse?
Que profissão louca,
louca,
louca
é essa?
Onde me meti...
Coloquei o dedo na fogueira
por lembrar ser fogo.
E deixa-te calcinar.
Rumi
Cisão
É como se a vida
estivesse me tirando
de algum casulo,
alguma fase,
algum tamanho
e me obrigando
a crescer.
Me obrigando
a decidir,
a cindir,
a ser,
a ser eu.
Está se mostrando séria, muito séria.
Ao meu redor tudo mudou.
Mudou.
Mudo ou.
Preciso lembrar quem sou eu.
Tinha uma maçã podre na minha bolsa. E um outro ciso nascendo.
estivesse me tirando
de algum casulo,
alguma fase,
algum tamanho
e me obrigando
a crescer.
Me obrigando
a decidir,
a cindir,
a ser,
a ser eu.
Está se mostrando séria, muito séria.
Eu não sei se aguento. Acho que não estou aguentando. Eu preciso de alguém que verdadeiramente me conheça. Alguém pra me ajudar. Alguém pra conversar. Eu quero minha mãe. Quero alguém que me entenda. Não quero mais ser tão só assim. Nesse momento não consigo só olhar pra essa solidão que não cessa.
Ao meu redor tudo mudou.
Mudou.
Mudo ou.
Preciso lembrar quem sou eu.
Tinha uma maçã podre na minha bolsa. E um outro ciso nascendo.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Só o início
Não desligo.
A madrugada passou em passos curtos
Corpo caindo em tensão
Mole implorando sono
Olhos sem feixes
Cabeça sem sossego
Fecho os olhos e bichos
Bichos
E mais bichos
A infinidade de bichos que fui e sou
Lobos me puxando pela janela
Aves sobrevoando a morte
Fetos mastigando o gesto
Bichos cobrindo toda imagem daqui
Recordações da loucura criativa
A falta do amor
A saudade, a vontade
O laço firmemente amarrado em algum lugar do passado
Que talvez só eu veja
Que talvez só exista pra mim
A carência de um carinho que me nine
A recusa de amores que não sinto
Onde vou parar?
É possível parar?
Na voz doída sai um canto desconhecido
Dialeto de algum canto esquecido em mim
Tocaria violão
Comeria
Escreveria
Voltaria pra janela
Se meu corpo ao menos me deixasse levantar
Quanta desunião nesse ser
A madrugada passou em passos curtos
Corpo caindo em tensão
Mole implorando sono
Olhos sem feixes
Cabeça sem sossego
Fecho os olhos e bichos
Bichos
E mais bichos
A infinidade de bichos que fui e sou
Lobos me puxando pela janela
Aves sobrevoando a morte
Fetos mastigando o gesto
Bichos cobrindo toda imagem daqui
Recordações da loucura criativa
A falta do amor
A saudade, a vontade
O laço firmemente amarrado em algum lugar do passado
Que talvez só eu veja
Que talvez só exista pra mim
A carência de um carinho que me nine
A recusa de amores que não sinto
Onde vou parar?
É possível parar?
Na voz doída sai um canto desconhecido
Dialeto de algum canto esquecido em mim
Tocaria violão
Comeria
Escreveria
Voltaria pra janela
Se meu corpo ao menos me deixasse levantar
Quanta desunião nesse ser
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Duas e meia
Hora silenciosa da noite.
Vozes gritam em meio a aparente monotonia.
Nós em chás e paus de chuva.
Máquina lavando roupas.
Adentre em mim, hora da noite.
E faça dessa mente algo mais onírico.
Como se toda mentira fosse profundeza.
Vozes gritam em meio a aparente monotonia.
Nós em chás e paus de chuva.
Máquina lavando roupas.
Adentre em mim, hora da noite.
E faça dessa mente algo mais onírico.
Como se toda mentira fosse profundeza.
Madrugada
Era um menino.
Menino, assim, menino.
Cheio de vida entre os amigos.
Aspirando arte.
Bem menino ele.
Ele lá pra cima, na boa.
E ela revirando a insônia.
Ela cavucando a saudade.
Ela presa num querer.
Um querer confiante mesmo ainda.
Ainda.
Mesmo que saiba daquele tempo do menino.
Tempo outro dele.
Ela não sabe se confunde destino com ilusão.
Se confunde conexão com ilusão.
Se confunde intuição com ilusão.
Se confunde paixão com ilusão.
Se confunde amor com ilusão.
Mas se for ilusão,
ela ainda ousa permanecer ali.
Poderia ser invenção toda essa relação.
Invenção dela.
Lembra quando aquele outro ele intuía um amor tão profundo por ela, uma paixão desmedida.
Ela, naquele outro tempo dela, aquele tempo de menina, ela nada respondia àquele outro ele.
Ela preocupava-se com os tantos sabores dos tantos falsos amores que passavam por ali.
Ela preocupava-se com sua falsa liberdade.
Ela em outro tempo.
Mas eis que um tempo é revirado nela.
Ela abre corpo e todo o ser a algum amor.
Entra em tempo daquele outro ele.
Entra fundo, implora que ele adentre ela no mais íntimo.
No íntimo que nem ela mesma conheça.
Mas outro ele já era de outro tempo.
E não foi nesse tempo que o íntimo se revelou.
Ela então vê todo aquele querer em ele.
Ele está em outro tempo.
Outro tempo.
De relance, ao passar de algumas brisas,
ele olha ao tempo dela,
diz conexões, diz diz diz
Diz entre tantas leviandades...
Como aquelas que ela dizia a outro ele.
Mas adentrar em tempo dela ainda é longe dele.
Então continua revirando-se em insônia.
Duas da manhã e ainda.
Como se ainda coubessem justificativas,
nada tão jogado apenas em ele.
Ela também é menina.
Nina. Como beija-flor.
Em espaços sagrados,
vão sendo revelados a ela,
revelados mistérios que nos rondam.
Escolheu arte.
E arte vem quase que estuprando-a
com um amor sem fim.
O corpo amolece.
A voz carece.
Mole estou.
Corpo como se já em sono.
Mas é insônia.
Aquele estupro artístico,
que com tanta ousadia assim coloco,
fala em morte, morte, morte.
Em natureza.
Em loucura.
Aquele estupro artístico
quer levá-la pra onde veio.
E vai levando, levando.
Ando indo ao mais antigo.
Sem voz carrego ainda essa busca.
Mexendo estruturas.
Caindo certezas.
Caindo vozes que nem em pé se faziam.
Menino, assim, menino.
Cheio de vida entre os amigos.
Aspirando arte.
Bem menino ele.
Ele lá pra cima, na boa.
E ela revirando a insônia.
Ela cavucando a saudade.
Ela presa num querer.
Um querer confiante mesmo ainda.
Ainda.
Mesmo que saiba daquele tempo do menino.
Tempo outro dele.
Ela não sabe se confunde destino com ilusão.
Se confunde conexão com ilusão.
Se confunde intuição com ilusão.
Se confunde paixão com ilusão.
Se confunde amor com ilusão.
Mas se for ilusão,
ela ainda ousa permanecer ali.
Poderia ser invenção toda essa relação.
Invenção dela.
Lembra quando aquele outro ele intuía um amor tão profundo por ela, uma paixão desmedida.
Ela, naquele outro tempo dela, aquele tempo de menina, ela nada respondia àquele outro ele.
Ela preocupava-se com os tantos sabores dos tantos falsos amores que passavam por ali.
Ela preocupava-se com sua falsa liberdade.
Ela em outro tempo.
Mas eis que um tempo é revirado nela.
Ela abre corpo e todo o ser a algum amor.
Entra em tempo daquele outro ele.
Entra fundo, implora que ele adentre ela no mais íntimo.
No íntimo que nem ela mesma conheça.
Mas outro ele já era de outro tempo.
E não foi nesse tempo que o íntimo se revelou.
Ela então vê todo aquele querer em ele.
Ele está em outro tempo.
Outro tempo.
De relance, ao passar de algumas brisas,
ele olha ao tempo dela,
diz conexões, diz diz diz
Diz entre tantas leviandades...
Como aquelas que ela dizia a outro ele.
Mas adentrar em tempo dela ainda é longe dele.
Então continua revirando-se em insônia.
Duas da manhã e ainda.
Como se ainda coubessem justificativas,
nada tão jogado apenas em ele.
Ela também é menina.
Nina. Como beija-flor.
Em espaços sagrados,
vão sendo revelados a ela,
revelados mistérios que nos rondam.
Escolheu arte.
E arte vem quase que estuprando-a
com um amor sem fim.
O corpo amolece.
A voz carece.
Mole estou.
Corpo como se já em sono.
Mas é insônia.
Aquele estupro artístico,
que com tanta ousadia assim coloco,
fala em morte, morte, morte.
Em natureza.
Em loucura.
Aquele estupro artístico
quer levá-la pra onde veio.
E vai levando, levando.
Ando indo ao mais antigo.
Sem voz carrego ainda essa busca.
Mexendo estruturas.
Caindo certezas.
Caindo vozes que nem em pé se faziam.
Vozes
Meu amor
Aceita o vento
Aceita o tempo
que restou
Transita na loucura
Adentre toda nua
E deixa morrer
Deixa morrer
Deixa morrer
Deixa morrer
Deixar morrer a dor
Deixa morrer o sofrer
Deixa morrer a ilusão
Deixa morrer a ilusão
Deixa morrer a ilusão
A ilusão se vai
A ilusão se dissipa
Ilusão se dissipa
Nessa minha morte
Hoje é morte
Hoje é morte
Hoje é morte
Daquilo tudo que você não sabe expressar
Daquilo tudo que você não tem voz pra falar
Daquilo tudo que você não sabe falar
Daquilo tudo que você não sabe
Você não sabe
Você não sabe expressar
Então
Só aceita
Aceita o tempo
Aceita o vento
Aceita o tempo
que restou
Transita na loucura
Se adentre toda nua
Aceita o vento
Aceita o tempo
que restou
Transita na loucura
Adentre toda nua
E deixa morrer
Deixa morrer
Deixa morrer
Deixa morrer
Deixar morrer a dor
Deixa morrer o sofrer
Deixa morrer a ilusão
Deixa morrer a ilusão
Deixa morrer a ilusão
A ilusão se vai
A ilusão se dissipa
Ilusão se dissipa
Nessa minha morte
Hoje é morte
Hoje é morte
Hoje é morte
Daquilo tudo que você não sabe expressar
Daquilo tudo que você não tem voz pra falar
Daquilo tudo que você não sabe falar
Daquilo tudo que você não sabe
Você não sabe
Você não sabe expressar
Então
Só aceita
Aceita o tempo
Aceita o vento
Aceita o tempo
que restou
Transita na loucura
Se adentre toda nua
Calo
Entre mim e as palavras, abismo
Distância
Aquela mesma entre mim e amor
Abismo
Aquele mesmo entre mim e os homens
Distância
Aquela mesma entre mim e mim
Abismo
Hoje rezarei ao Deus da expressão
Faz dessa voz uma voz
Faz de mim ser compreendido
Distância
Aquela mesma entre mim e amor
Abismo
Aquele mesmo entre mim e os homens
Distância
Aquela mesma entre mim e mim
Abismo
Hoje rezarei ao Deus da expressão
Faz dessa voz uma voz
Faz de mim ser compreendido
domingo, 1 de setembro de 2013
Efêmero e liberto
E aquilo que pensa ter,
logo perde.
Mesmo eu não seja,
esse mundo é efêmero e liberto.
logo perde.
Mesmo eu não seja,
esse mundo é efêmero e liberto.
Ilusão
Prendi a caneta com o cabelo.
Assim, normal banal.
Cadê caneta?
Levanta caderno, levanta livro
Afoba, afoba, cadê?
Anseia, treme.
Caneta!
Que porra!
Caneta!
Caneta no cabelo
É, é isso.
Afoba louca fora
Busca incessante fora
Quando tá aqui
Nela mesma
Só aqui
Só.
Assim, normal banal.
Cadê caneta?
Levanta caderno, levanta livro
Afoba, afoba, cadê?
Anseia, treme.
Caneta!
Que porra!
Caneta!
Caneta no cabelo
É, é isso.
Afoba louca fora
Busca incessante fora
Quando tá aqui
Nela mesma
Só aqui
Só.
Maré
Estou em lugar nenhum.
Lugar algum
num manancial de solidão
que agora se encontra
como se rio encontrasse mar.
Importa agora apenas
respeitar a maré.
Sem que qualquer barco medíocre da humanidade me salve.
Sem que qualquer barco obscuro do meu pequeno eu finja me salvar.
Barco obscuro que finge,
mascara um risinho
ou ainda me coloca sofredora.
Só será respeitada a maré.
A maré de onde vim,
de todo ancestral,
que me enraíze
para então
libertar,
libertar,
libertar.
Lugar algum
num manancial de solidão
que agora se encontra
como se rio encontrasse mar.
Importa agora apenas
respeitar a maré.
Sem que qualquer barco medíocre da humanidade me salve.
Sem que qualquer barco obscuro do meu pequeno eu finja me salvar.
Barco obscuro que finge,
mascara um risinho
ou ainda me coloca sofredora.
Só será respeitada a maré.
A maré de onde vim,
de todo ancestral,
que me enraíze
para então
libertar,
libertar,
libertar.
Assinar:
Postagens (Atom)