domingo, 27 de novembro de 2011

A CAMINHO DO UNIVERSO

Quanta beleza se multiplica num carinho do gesto simples e profundamente amoroso
Gestos amorosos são não mais que o carinho dos pensamentos puros
Pureza é bondade, não castidade
O caminho leva ao saber,
Ônibus com sonos, músicas, fones, tédios, amores e pensamentos
Ou as simples e tão belas sensações do vento no rosto, de olhar a cidade ensolarada e a beleza natural até no artificial
Cidade Universitária tão desejada, sem preocupações ou ansiedades,
apenas esperando o que me aguarda,
Geral será o resultado de meus feitos, se é que resultados não aparecem instanteneamente
Quero mesmo é o saber,
A mente humana,
O corpo vivo,
Injustiças existem mas a vida é o que mais amo
Toda a energia e bem supremos
Religiões independem
Quero todas as religiões e não quero nenhuma
Quero a minha crença
Mas na verdade, no imenso querer tudo, esconde-se o querer apenas a vida
nada mais que isso.

sábado, 26 de novembro de 2011

VENDEDOR DE PRESENTES

Estranho seria se eu não adorasse todos os dados
Esses dados tão sinceros e ansiosos
Tem aí a doçura do amor
O olhar apaixonado
O beijo inesperado
Mas algo prendendo-me
Traria um bem tão artístico
Músicas de uma energia além daqui
Todo dotado da graça e o poder com as palavras
Do olhar da análise tão intuitiva
E espero ainda perder o preso
Prender o que prende para poder libertar o mais livre de você
Livros musicados em cartas engraçadas e sinceras que dizem mais que um pavão possa dizer
Intuição
De onde vem tanta intuição?
Vende ingresso também para a intuição?
Falta gratidão? Meu sorriso agradece
E os olhares despudoradamente os meus
Mas o dito mesmo e que chegou foi a civilização da palavra incivilizada
Você diz que o coração é incivilizado
Eu digo que bom que o coração é incivilazado, pelo menos uma coisa em nós deve ser
Talvez tudo seja incivilizado, menos a nossa vontade de civilizar tudo.
Foi isso que te fez socar o ar? Espontânea adoração
Você encanta
E canta
Em todos os sentidos
Sua música, suas palavras, suas graças
Venda-me o ingresso da vida, esse você deve ter

INDENTIFICA PAIXÃO

Provas descobertas e pizzas mal estudadas dizendo que músicas são mais pensantes
Tão traída e tão traidora
Mulher de força e coragem
Da maior contradição da maior vida
Ousadia da boca chamativa mergulhada no batom
A brincadeira dos cabelos com a ironia do palavreado
O amor das palavras tão ligado ao olhar
Percebe a vida chegando
Valoriza o amor
A justiça
O bem
E tão mal julgada
Como se o caráter se resumisse a uma relação
Ao sexo tão entregue porém tão frio mas que devia ter todo o calor
Beijando o céu do inferno e conceitos no vento saído
Paredes quebradas
Sem lugar
Sem família
Com paixão
Com um mundo todo
Guerreira das forças
Pedinte da vida e assassina da vida
O querer amar sem o mínimo amor ao mais belo e puro
Ao filho
O nojo e repulsa ao marido que tanto desejou
Tão sincero e tão canalha
Insatisfeito e procurador do sexo qualquer
Não é traição, a confiança ali estava
E o sorriso com o maior choro da boca
Mas os olhos brilhantes falsos incapazes da sensação verdadeira exposta
Não queria tudo o que existe
Quer tudo o que possa existir
Admiração
A confusão tão clara demonstra meus sentimentos, meus pensamentos e sensações
Você sim é paixão
É paixão Pagu

TRAI

Traições confiáveis das mentiras sinceras que você diz para fugir da verdade querendo a verdade
Olhos sinceros de textos abaixados nos cílios transparentes que você ousa ler e entender
Agora começo a sentir um pouco mais do que pode ser
E começa um crescimento a mais
A visão com olhos de quem não quer dependência, um basta no mundo que gire em torno de você
Mas comparo o sentimento por um outro, e o que achava apenas desejo, é por ele
E que escondidas boas para o ego
Porém poderiam voltar
Eu protegi o seu nome, não sei se por amor
Eu protegi o seu outro nome por te querer
E protegi esse por tratos, confianças, amizade da superfície profunda
Desconcentração fácil por vocês
A mancha de vinho diz

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Para tanto estudo o intenso da fome quando bate ao forno quente das fofocas e insinuações
Sem paciência para isso ou qualquer outra coisa
ego toma então o bote do fazer pulsar mandando mangas morangos e límpidos mares cobertos de
ferramentas e armas guardadas ai que não
Ai como te quero sim, te quero porque amo sua bagunça desde a poesia até o cabelo
Suas paixões transbordam olhos da música profunda sinto igorância quanta inferioridade ao me colocar ao lado seu
ainda muito certo e contado, pensado, bebe então fuma então pelo menos você encanta mais e sim, eu prefiro morrer voando que sobreviver andando
nada com isso agora apenas barbas de vizinhos parentes que cheiram a maçã fugida da escola e regimes ou da Inglaterra sincera tão loura e forte, mas só exteriormente, não é toda forte, mas parece
que agora só quero mostrar como dança ou qualquer outra Ásia pode ser muito melhor

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SINESTEDIA

Olhos dilacerantes ouvindo a água do cheiro mais sereno ou pequeno do que sente e abraça a perna dos braços moles e gostosos para te enlouquecer com temores desprezíveis buscando ser útil ou conseguir o que mais teme não conseguir para então pensar realizar algo e apareces tanto não sem defeitos ou preconceitos pós-modernos de 1910 onde nasceu lá tão pequena e serena para trazer paixão ao mais vivo e fugaz amo essa parte de não conversas mansas e fumadas queridas por eles e preocupadas por eles e viciados por eles e sem experiências com o cheiro das tosses com o temor mas contra o sexo bom e dolorido da concentração e foco passíveis e republicanos chupados que você nem imagina e ah se soubesse... Quero já que estar longe é o problema me cheira me sente não tornar possível para tornar apaixonado.

Sem título

Rosto normal muito normal
entenda normal monótono e parado
tão boas caretas mexendo a normalidade barata e dura
Paladar pedinte querendo prazeres momentâneos e aprenderam sim a tocar o que você imagina bem o que
Gosto mais de arrozfeijãoarrozfeijão,
não arroz com feijão, nem feijão com arroz.
E confirmo que merdas cagadas não voltam para o cu.

Increografia

A corrente fria faz existir desertos
Massas de ar fazem existir desertos
Mar chuvoso um dia traz virose
Ê natureza do caralho
Caralho é muito pouco pra natureza, força de Deus, isso é Deus
O museu de arte moderna jajá é som, depois do Tio Flávio, não, é só um ano.
Desertos podem ser arenosos, podem ser quentes
Desertos podem ser frios
Magrebe opoente do Islã e poente do nascente
Desertinho divisor de cores dos filmes antigos
Tuaregues lindos e azuis
Pigmeus diferentes e curiosos a ver e saber animistas e fetichistas
Alma da natureza, supremo, tão incrivelmente crível

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ai que tédio de normalidade
Estou voltando ao normal, e sinceramente? Odiando isso.
Não ouse falar de saúde, mas de pensamentos, olhares... Preciso desafogar.

NÃO SEI, É SEM-NOME

Eu não sei mais o que pensar,
essa bolha de líquido da sensação do não ou do louco está me engolindo, e acho que estou gostando disso
Eu mudo muito, mas hoje aqui com a saúde melando minha racionalidade, quero
Ninguém sabe o que está acontecendo, muito menos eu
Aquela cidade, aqeuel banheiro, acabada sem forças, sentindo todos os órgãos provenientes da endoderme prateando, coçando, desmanchando, nem sei o que, mas parecia morrer. E acho que era o que mais queria, morrer.
E que paradoxo não é mesmo? O que mais queria era respirar. Deve então ser respirar no meu mundo,
meu mundo o caralho, como falta humildade a alguém que pensa ter um mundo, ah quanta graça nesses sentimentos tão sem nome
Ou estou tendo os nomeados sem saber ou são sem-nome.
Isso sim é bom, ter sentimentos sem-nome.
E todos, não, e muitos querendo saber o que é,
não tem nome,
só tem olhar,
tem minha pele ficando amarela,
meus olhos mergulhados em lágrimas,
ou minha garganta pulando,
ou a vontade de deitar na chuva,
pode me beijar,
eu só quero respirar,
deixe-me apenas respirar,
tire minhas roupas se preciso, não, eu tiro.
E meu peito pulava, peito ou coração, aqui na frente, só isso.
Falta-me vocabulário pra tenta sensação,
ou para uma, mas intensa,
ou é tão branda que chega a ser intensa.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

PREGUIÇA DA METALINGUAGEM

Preguiça maior que a sujeira procurando o motor da limpeza
Pairando no ar empoeirado do ralo sujo que está todo abraçado, todo cheirado e absorvido
Não sabendo nem mais de nada, gostando apenas da batida que comove e move aquilo ali, aquele ar ou aquele Deus
Que existe não sei como, nem como, mas existe
Loucura bendita dizendo vem, ou então dizendo que aí surgirá uma estrela brilhando ao choro
Dizendo a ele o quanto poderoso é
Apenas para tranqüilizá-lo? Eis que surge então a fumaça, procurando o sonho e as fotos da concorrência procurando pelo aparecimento da dita viagem ao exterior e das armas aos vidros comunistas admiráveis
Torturantes os braços, bem ditos e benditos olhares e energias do ritual do amor, do outro mundo, da arte
Outro mundo que é este mundo, apenas outras vibrações, tão familiares e pedintes
Beijando o automático, quero sim o talento da escrita
Vem mais metalinguagem já que não sei nem dizer
Odiando o mas, odiando tudo aquilo que é sempre dito
Ou não
Acho sim que isso é bom, isso aí, não sei
Saber limitado, bom que não sei, volta então o internacional maldito
Até legal, até, entediante sim eu diria, ou não entendido...
Ah como eu amo isso, como queria passar o resto de minha vida aqui, apenas ouvindo e colocando pra fora qualquer coisa que venha nessa pequena coisa, eu.
E às vezes, sair ali, ir para a caixa cheia de cadeiras na frente, não, não quero cadeiras, quero olhos, apenas olhos, olhos e mãos, para que uma bata na outra, e traga um barulho agradável de tocantis...

ANDEI ATÉ ALI

Enganos do fácil em mim, pra lá de quente ou transbordante, da pá movida ao que a loja pode buscar ou enfeitiçar todos os doces das fotos maléficas que brilham pedindo mais
Olhos em você, em mim, neles, pra que?
Para iluminar
Olhos nas montanhas, na neve, no gelo, no que te move, naquela água sendo toda elevada, toda brincada, toda plastificada, eu lá, você cá, pra não mais ter festa gostosa de frases duras e compridas, ferimentos graves e tristes do querer tirano ou doído para mim tanto fiz tanto filosofado, foi gosto fingido, e gozo fingido
Loiras flores do seu rosto, mares dos seus cabelos, e de você, respira então esse ar quente
Traição dos olhos cor de balsa ou cotovelos escondidos nos teus
Para as datas, os dias, horas, mas ninguém disse isso
Ninguém disse eu te amo
Ninguém disse preciso de você
Ninguém sabe nem dizer
Nem eu
Sei apenas olhar
Nem dizer, nem sentir, nem falar, nem pensar, nem posicionar, nem nada
Apenas ouvir
Apenas comer, gostar, deliciar
E minha mente quente dos chinelos escondidos e arrebentados, cabelo em cachos por entre livros interessantes e destemidos
Sua cama de livros ou então jibóias presas no vento do faz de conta, das cercas proibidas
Para então jogar cestos brincados com colares de gomas doces do ferimento quebrado então gargalhado e destemido
Dinheiros dos internacionais, cultura que não antecipa nada, que quer só aquela outra tão longe de nós
Mas me pague então à saudade
A hora do bruto nojo hoje fala que você sabe de tudo golas misteriosas e temidas zoa zoa zoa

EU AMO

adorar
a.do.rar
(lat adorare) vtd 1 Reverenciar, venerar. 2 Amar extremamente, idolatrar. 3 Gostar muito de. 4 Prestar culto a; cultuar. Antôn: desadorar, detestar
v.t. Render culto a: adorar imagens.
Fam. Gostar exageradamente de, ser apaixonado por: adorar chocolate.
v.t.
Prestar culto a. Reverenciar. Amar muito. Venerar.
amar
a.mar
(lat amare) vtd, vint e vpr 1 Ter amor, afeição, ternura por, querer bem a: Queria dizer a todo o mundo quanto o amava. Os egoístas não amam. Amaram-se toda a vida. vtd 2 Apreciar muito, estimar, gostar de: Feliz daquele que ama o trabalho! vpr 3 Fazer amor; copular: Os recém-casados amam-se no escuro. Antôn: detestar, odiar.
v.t. Ter amor, afeição, ternura, dedicação, devoção a; querer bem: amar os pais.
Estimar, gostar, apreciar: ama o esporte.
V.i. Estar apaixonado: feliz é quem ama.

Agora me diz, por que não dizer eu te amo?
Dizem eu te adoro pra não dizer eu te amo
Só porque eu te amo é a convicção do amor infinito
Ninguém aqui disse que amor é o maior amor
Que amor é o conhecedor de defeitos e qualidades
Isso se chama amar até a convivência e entediante rotina
Vocês dizem te adoro pensando em te amo
Pensando em não dizer te amo
Eu amo
Eu amo a vida, eu amo o bom amigo, eu amo o palco, eu amo você, eu amo eles
Amo, simplesmente amo, não importa de que jeito, não importa como e muito menos o quanto
O que importa é amar
Não tachar de paixão ou adoração
Afinal adoração é mais que amor, é idolatrar, é o amor extremo
Agora me diz, por que não dizer eu te amo?
Mas espere, o dicionário disse que egoístas não amam...
Disse também que amar pode ser intransitivo...
Acho que consigo ser feliz apenas por amar.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mais um engano, dessa vez, um bom engano. Retire tudo o que disse sobre rancor, tudo.

VI TAL NOSTALGIA

Você se lembra de todas as músicas
Todos os amores
Todas as peças
Todo o inesperado tão esperado?
Parece-me até contradição, você queria o que?
Pra que esse rancor infantil agora?
Mas não afeta minha nostalgia
No fundo do amor, o medo, intuições agora vejo que corretas
Ou prováveis
Preparou
Garimpou
Quis que eu pertencesse a você, quis me prender,
Quis-me como mais um de seus livros bons que não são vendidos, que ficam na sua estante incrível
Você foi vital para mim
Ainda é e será, nostalgicamente assim
Suas tintas jogadas ao meu rosto, suas palavras ao meu coração, seus discos ao meu corpo
Quanto carinho visando à posse
E agora, aqui, eu digo, repito, confirmo, ouço e vejo que é simples,
Que o teu amor é uma mentira, que o meu é poesia de cego, que o nosso amor foi realmente inventado, e nunca existente quando acabou
Não é de outro mundo?
É.
Foi a primeira de tantas músicas
Foi o começo da intensidade
Rapidez de tanta intensidade
A paixão pela simpatia, por esses olhos e palavras
Por sentimentos e sebos
Devo agradecê-lo, enquanto você pensa que quero mais, ou guarda aí um rancorzinho desnecessário
E se todos fossem iguais a você?

domingo, 13 de novembro de 2011

FIOS DE VIDA

Capacidade de ser,
Viver.
 Não passe aqui o sentido,
passe o fugir da razão que me consome, quer consumir cada pelo do meu corpo.
Cera da existência,
é preciso proteção, isso é vida que sai de mim,
movimenta conforme o vento, agrega-se ao meu corpo na mais perfeita harmonia,
e eu, na ignorância e falta de olhar, quero retirar-te.
Serás a emoção?
Serás o que a vida traz?
Serás a razão necessária?
Não sei, só sei que quero saber.
Do mais, nada adianta,
estou só, sou só,
comigo, sempre apenas meus pêlos, que voltam ao meu corpo mais rapidamente e incontrolavelmente.
Bolinhas sensíveis, nascimentos de tais fios.
Serás tu então a sensação?
Então me ajuda a sentir, quero mais pêlos, assim sendo.
Frio, sentir esse vento.
O que és tu, vento? Ar?
Louco amor, admirável mais que enlouquecedor,
misterioso,
sincero,
és também espaço?
Talvez em você esteja a vida,
o sentido,
o gozo,
o prazer,
o transcendente,
não cabem aqui, neste palpável,
mas cabem em ti, e tu levas para onde for,
mas leva,
tu és movimento,
o único acompanhante da vida.
Ar, movimento, espaço, sensação, venha para mim,
 acorde meus pêlos que ousam sempre voltar.
Jamais seria isso ousadia,
pura necessidade,
gratidão aos pêlos,
ao ar,
à vida.

ACHO QUE SEM SUPER

Eu não vou te contar, vou te mostrar
Tá bom

Conta
Oi?
Faz o que você quiser!

NINHO DO PROFESSOR

Sinceros homens safados dos olhos
as garrafas de água nas costas dos abraços curtos e infinitos cheirando a pele.

FÍSICA DO SU

Equilíbrio pendente
pedindo molas
para fugir daquilo
olhos suspensos à maneira do cutuco
lembranças obrigadas a beleza
Momento da força que vem e modifica aquela pele do braço da maçaneta
propagando as sementes de soja das árvores
da sala ritualística com a lua bonita no teto de vidro deveres entrando como o pau
sorrisos sinceros invadem a brutalidade ao fundo da rigidez
o tempo potente sabendo apenas querer ou acreditar
baladas falsas desejando o giro do horário sentido não parar o , ! s r
a gangorra do papai a olhar a jabuticabeira dos olhos e telefonemas deste gordinho simpático
situação imaginada tão fugaz
Puxões chotando luz e primas nulas todas centradas e tossidas
Ó cu los cossando modificações e imaginadas forças andando como meu pensamento em você.
Egoísmodo planeta, sempre em torno dele mesmo, todo atritado e mandado.
Terra, pare por favor, para podermos voar perdidamente horariando sem mais relógios.
Fui podada por olhares curtos, secos e superficiais.

ROUPA INTERIOR

Pra que se importar com tanta futilidade?
Por que não se preocupar com a roupa de dentro?
É tanta babaquice, isso cansa
E ocasiona o meu cala a boca
O meu desejo de que roupas, cabelos e unhas sejam tratados como complementos,
Não como o essencial, o principal.
Eu amo isso que vocês chamam de desleixo,
É isso o que eu chamo de coisa boa.
O meu desleixo é gostar mais de unhas bem feitas do que do humor bem feito
Para com isso, sai dessa importância superficial
A vida é mais que isso
Vista antes uma boa roupa interior
E foda-se as unhas mal feitas,
O cabelo bagunçado
As roupas simples e despreocupadas
O que eu quero é essa despreocupação, esse desleixo tão fundamental

PRESSA PRA VIVER

Deve ser pressa pra viver
Pra encontrar o meu caminho
Pra encontrar o meu destino
Pra encontrar o meu eu
Vontades quase que ultrapassando capacidades, ou completamente
Mas é a graça de viver
Colocar riscos, passar por barreiras, enfatizar vontades
Qual é o sentido disso aqui sem vontade?
Sem curiosidade?
Sem incertezas?
Sem humildade?
Aquele brilho no olhar,
aquele corpo para frente,
aquele entusiasmo
Deve ser pressa pra viver
Pressa pra viver
Pra encontrar o que for meu.

NOSSOS PERIGOS

Você diz que sou sua droga
Que sou o perigo
Que é louco por mim
Que ama meu cheiro
Mas não imagina o que causa em mim
Sinto seu cheiro só de pensar em você
Sinto o perigo que você é pra mim
A culpa é incapaz de ser maior que a paixão
Você é errado, eu sou errada, mas só pra eles
Que o lixo engula essas normas sociais
Eu sei, você sabe, você pensa, eu penso
O que eu quero, você quer
Somos iguais
Mas não se afaste
Amenize o poder que tem em mim
Ou não suportarei a sua falta
E a vontade de você
Dos braços e abraços
Não é porque você é maduro ou atraente
É porque a minha energia precisa da sua
Vai além da beleza
Te quero aqui, mas não te prender
Eu sei que precisamos um do outro, sem nos prender
Sem sufoco
Somos do mundo
Volta.
Estou tentando me dizer para que não dependo de você
É só um caso
Doente por você, doente.
Preciso de você
Começando a odiar te querer tanto assim
Começando a transtornar o que aqui estava se organizando
Você desconsertou
Desejou
E agora aí, simplesmente existindo
Não mais como antes
E agora, onde encontro seu gosto?
Seu cheiro, sua respiração, seu calor, seu corpo, sua energia
Fingindo ser forte
Não acreditava quando dizia que por você eu realmente me apaixonaria
Mas é paixão
Logo passa
Se você fosse ao menos menos proibido
Como pôde me querer? Vou só aceitar e esperar passar, logo passa
E eu, boba, caí, agora dependendo de algo que apenas me traria sensações transbordantes, se apenas as sensações tivessem transbordado naquele momento
Escrava da memória, recordando e vindo aos meus olhos internos, à minha memória sensorial, todo o carinho, os abraços, os beijos, eu odeio dizer isso, odeio ter que afirmar que nenhum outro me causa o que você é capaz de me causar
Mas eu não gosto de você, eu gosto de gostar de você, ou gosto de você também, mas eu amo te querer, eu amo lembrar de você, se quisesse esquecê-lo, pensar em outros incríveis que estão ao meu lado, poderia, mas o maior, o que eu tenho de melhor, é para você que eu quero dar.
Caindo em pensamentos méritos, em clichês amorosos, não mais, não mais, apenas flashes, flashes tão merecedores de canhão infinito.
Sem razão nenhuma, meu querer volta a você.