sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sexta vela

pavio corta fogo
fogo corta ar
fogo corta alma
fogo queima dor
forte, olhar cresce 
em água vermelha
e deixa as lágrimas pra vela

Sagrada sangra

Ela necessitava desapegar-se do sofrimento
Sair da dor 
Desidentificar-se com a criança ferida
Foi pro banho
Limpar
Banho
Banho
Banho
E cai o sagrado nela
E dança
Vai, dança, você é dança
Água escorre e só dança
Deixa dissolver-se em movimento

Mãos na vagina
É sangue
Dedos vermelho sangue
E vira loba
De quatro sangra
Saúda o feminino
E se deixa sangrar
Bate pés
Gira
Quadris galopam
Sagrada sangra


Deixa

Vai, esquece de você, menina
Olha pro mundo
E deixa sua bolha

Deixa
Deixa
Dissolve
Deixa
Dissolve
Envolve
Deixa
Envolve
Deixa
Deixa


Iminência

Nessa noite não coubemos mais na mesma cama.
O que antes era para nós um travesseiro,
Um lugar,
Um corpo,
Nessa noite não coube.
Nessa noite o fio da solidão nos desuniu.

E no escuro, tentamos nos amar sem nos ver.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Para Lili

Lililinda,
O que apreendi?

Liberar as quadradices.
Antes olhar pras quadradices.

O foco,
a importância do foco.

Puxando todo seu saco, aprendi aqui a te conhecer e fui levada,
levada,
levada.
Como aquelas folhas que você soltava.
Como o canto que de você saltava.
O rio levando.
Água suja.
Sentir toda a água suja entrando pelas narinas.
Ir e me deparar com a água suja
pra poder soltar as folhas das quadradices.

Pintar com seus exames,
pintar o poste,
pintar o tempo é arte,
vida é arte,
tempo e sei lá o que,
um violãozinho azul estampando os degraus da escola,
calando agora o que abre em mim com você.
E em mim como as vestes esporradas.

O rio.
O rio.
Voltar ao rio,
enterrar o peixe.
Lembrar da nossa imposição na natureza toda.
Pra poder voltar pra natureza toda.
Acordar para a natureza toda
que vai passando pela gente
sem que a percepção
capte e resgate.

A racionalidade ainda permeia.

Então deixa qualquer coisa dentro doida.
Doida e doída num simples caminhar por aí,
permear a cidade,
dialogar,
estar,
ser agido,
ser levado,
olhar,
olhar,
olhar,
derivar.
Ouvir pelo cheiro
Ver pelos ouvidos
Onde acorda o ouvido do cego?
Aliás, esse ouvido dorme?

Então vai,
só anda,
só anda.

Na chuva que agora caminha como rio sem leito,
rio que sai do mar do céu
e deságua nessas pedras da nossa ainda imposição.

O peixe morto ainda pula,
ainda pulsa.

Marina olha
E o pensamento confunde
num celular que toca,
numa boca que toca.

Chega como luva
sua palavra de intenção
do primeiro dia.
Luva em minha busca.
Você em pézinha
perto da barra,
apoiada na barra
falando em cura,
com um vestidão,
e um sorrisinho.
Beth: cura?
Sorrisinho.
É, cura.
Sorrisinho,
sorrisinho,
sorrisinho.

Cala a memória pra ouvir alguma história de bicho.

E faço pra quem?
Pra quem me acompanha?
Pra quem tá aí na rua?
Pra que só passa?
É teatro, é performance?
Tem dramaturgia?
Tem regurgitofagia?
Tem algum som?
Tem algum tom?
Só não tem algum chão.
Mas foco.
Mais foco.
Foco na questão.
Qual é a pergunta?
O que move?
Um move.
É vida?
É arte?
É vidarte.
Vão pichando por aí
ou vão grafitando por aí.
Veem até aqui e não deixo de perceber ali.

Lá onde nada tem.
Lá,
aqui,
aqui onde nada tem.

O que existe é só existir.
Apenas.
E tudo vai passando,
só passando.

Mas algo puxa os olhos pro grafite.
E lembro que há dor.

Bolha

Bola de ferro na garganta
que arranha, arranha, arranha.
Desce pro peito
e o que há de mais leve são lágrimas.
É tanto orgulho,
mas tanto.

Mãe, me ensina a amar?
Onde mora o amor mais puro e verdadeiro?
Me leve até lá.
Mãe, eu sei que vai doer,
mas rasga esse eu de mim,
destroça meu ego,
me faz vomitar essa bola de ferro.

O que aconteceu?
É o que ouço desses olhos no metrô.
Morreu alguém?
Perdeu o emprego?
Perdeu um amor?
Não,
só vi que nunca saí de mim,
só vi que estou cercada de mim
e sem sair do apego,
afogada no medo.

Mãe, me ajuda.
Me faz aceitar ajuda.
Ou eu buscarei na plateia todos esses ouvidos,
toda essa atenção,
todo esse amor?
Ou eu jogarei em um todo o peso de me cercar,
me amar,
me ouvir?

Mãe, me ensina a dar.
Mas dar de verdade.
Mãe, me ensina a ser mãe.
Mãe, me ensina a ter um filho.

domingo, 23 de junho de 2013

Compl

Isso que ando chamando de solidão
Deve chamar-se necessidade do outro
Deve chamar-se necessidade de ser amada
Deve chamar-se
Não soube completar
Peço tempo pra investigar

Ela ainda não deve ter compreendido
Que tudo está nela
Dê um tempo a ela
Às vezes o sabor do engano é doce
Às vezes o ver o engano é amargo
Às vezes o sair do engano é
Não soube completar
Peço tempo pra vivenciar

Boa noite

Peço companhia da música
Por medo de encarar a solidão
Dormirei sozinha
Mais um dia
Outra noite entrará em mim

É play em alguma voz divina
Que não me deixe só
Pra saber dormir em paz
Pra poder colher a paz

Quando será hora de encarar o medo?
Esse que chega em meu queixo
Como água batendo quando pés não alcançam
Quando essa água suja subirá aos meus olhos?
Tenho hoje medo de sair do medo.
Por não saber onde fico sem ter medo.

Hoje testarei o silêncio para sono
Sem vozes, sem músicas, apenas o ambiente
Apenas minha mente
Precisarei da firmeza da terra
Pra não cair por terra
Toda a força que sim, mora aqui
Saber acalmar meus anseios
Saber calar meus temores
Saber dar espaço pra águas limpas
E paz

Como naquela vozança que saiu de mim naquela noite
Que passou por mim
Lembrarei e terei sua presença
Como se fossem seus dedos quando me acolhem
Me acolherei nessa lembrança
Pra poder me acolher em mim

VER

V
E
R

QUAL O 
FO
CO
DO NOSSO
V
E
R
?

Fotografia de cego

Queria saber fotografar o invisível que nos une
Registrar o instante da imagem do nosso pensamento
Eternizar o diálogo do afeto
Capturar o instante do som que é inaudível
Te mostrar a cor da minha saudade
O cheiro do gosto de te ouvir
O calor do toque de te amar

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Feixe

Me despenquei da euforia
E caí na preguiça
Deitei no medo dos meus pais
E adormeci em mim mesma
Rejeito saídas
Receio andadas
Faltam rodas nos meus pés que me movam
E muitas dessas rodas são você

Percorro as ruas do meu pensamento
Sem me dispersar ao que lá já vi
Hoje só quero o que entrará em mim
Calando qualquer mistério e confusão
Despertando o que me move e comove

Eles vem, eles cantam, eles insinuam
Eles massageiam, eles indicam, eles convidam
Mas deles nada toca alguma água daqui
Só você.
Só sei querer você.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Câncer de virgem

A minha outra asa eu deixo com eles
Assim só, mais difícil voar
Venham me buscar
Me levem nua nesse ar
E me façam amar

Doce solidão

E só o corpo é o que ela tem
Então dança
Ela e o teto
Ela e o corpo
Ela e a água
Ela, o fogo

Celestial

Quero conhecer
o que move enfim
Não mais caber
somente em mim

terça-feira, 18 de junho de 2013

vem aqui amanhã a noite, meu amor.

não assuste com o meu amor. 
troca por sei lá o que pra não ficar com peso na consciência por ser um amor meu.

domingo, 16 de junho de 2013

Atua intenção

Eu era menina quando começou tudo isso.
Eu sou menina quando começar tudo isso.

No final eu vou ficando triste, suja,
cheia de amarras e aprisionada num buraco que eu mesma criei.
Meu pai dizia que era mais simples.
Que as coisas eram mais simples.
Eu sempre estranhei esse negócio.
Meu pai, que já tinha sido corroído pelo moinho do mundo, dizendo que era mais simples?

Ou no final eu esqueço de mim,
crio uma cena,
escrevo um texto,
faço uma maquiagem,
invento outra máscara.
Porque essa de fingir que tá fazendo alguma coisa já não basta.
Eu precisava de uma máscara que escondesse meu fingir,
que me desnudasse,
me descascasse,
me tomasse.
Mas ainda uma máscara.
Porque eu não sei ser crua.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Descalço

Botas
Meus pés em botas
Então botas teu corpo no meu
Botas minhas botas em teu pescoço
Apoio nesses ombros pernas e botas
Tu botas o que queres onde queres
Amarre minhas botas em tuas costas
E nos botemos numa transa de botas

Esse cara

Ele chega ao anoitecer
Pela manhã logo vai
Fica cheirinho
Marcando fixo o travesseiro
Hoje só rastros dele
Só cheiros lembrados

Eu só
Ouço, bebo, como, danço, escrevo
Como se esse cheiro fosse presença
Como se aquela presença não cessasse

Toco pele nele
Ba(r)bas pintadas por impressionistas
Vou penetrando olhar
Em boca que abre ao relaxar
Em baba que vaza ao ninar
Hoje não vire essa cabeça não
Fique assim pra eu te olhar
Só olhar

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Limpa

Encaminha pra luz
deixa viver
e ninguém mais
te perturbar

Ai

Olha quem vem aí
Nesse dia cheio de Sol da Luz
Tua sombra
Chega meio dia
Pra ver minutinho de Luz só Luz

domingo, 9 de junho de 2013

Filha daqui

Sou toda água
Nesse peito batem ondas
Sou levada só aguada
Nado nessa vida
Sem precisar de mais nada

Sou carregada de força
Então pés fincam terra
Sou dela

Mas essa coluna é fogo
Sou também fogo
Queimo

Vou desenhando no ar
Esse que me leva sem me entortar
Guiada por Deus ando
Te procuro ao me procurar


Será que esses olhos são nossos

Chegou paz
A menina se derrete entre lágrimas e sorrisos
Voltando os olhos pro dentro fora de eternidade
Deixando corpo pra dança que vier
E dança vem
Sexo que enrosca amor e Deus
Num soar aguado de suor

Sou guiada pelas suas pernas
E viajada pelos seus pés
Me entorno em seu tronco
E me torno sua

Solto ar em gemidos
Trago gozo em lambidos

Toda água que me faz
Transborda pelos olhos
Ao te olhar
É amor que agradece
É paixão que estremece

Sua pele envolta em seu cheiro
Que me cola como seu beijo

Vai passando aqui dentro
Toda a vida que te quero
E de você saem ideias de teatro
E disso assim ainda mais te quero

Dispensei festival
Dispensei ritual
Já que o gosto do seu sal
Embriaga essa casa e te prende como tal

Continuo nua e de botas
Como nos amamos
Desenhando energia pelo ar

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Se dirija como pecinha

Agora vamos fazer uma personagem?
Faz tanto tempo que você não faz isso...
É...
Só fico interpretando eu mesma...
Então vamos criar algo bem diferente de você,
pra contrastar,
pra evidenciar a personagem.
Vamos.
Peraí,
o que é diferente de mim?

Eu sou tanta coisa.

Qualquer coisa que fizer ainda será eu.

Então continua se interpretando.
E se eu for engolida pelo ego?
Você já é.

Precisa é ser vomitada pra se tirar de você.

Espuma sólida

Era madrugada de ida pra segunda-feira quando ele chegou.
Ele já cansado de filmar,
ela já dormindo a espera acordando por e para ele.
Também para seu prazer.
Também para ver amor, sentir amor.

Ele foi ao banheiro.
Ela acendeu velas, uma rosa,
outra azul,
como se quisesse brincar
de encontro de menina e menino,
ou encontro de amor e fé.

Um tempo fitando uma chama, depois outra.
Derramando cera azul
como se vela chorasse para poder se colar,
se firmar, se ficar.
Duas chamas que de tão belas pediam união.
Chamas se chamando.
E ele no banheiro.
O tempo da vela envolvendo o olho dela.
Dois fogos cobrindo-se,
fazendo-se um,
antes atritavam,
tremiam,
num sutil passo do ar,
se comiam
e passavam a ser fogo de uma chama só.
Vela rosa começou a chorar em vela azul,
como se nele gozasse,
ou apenas lagrimasse amor assim.

Ele volta.
Ela diz estar brincando de sexo com as velas.
Fez-se transa de fogo.
Ele diz querer sexo com ele.
E fazem sexo bonito
que até mamãe acharia belo ver.
Como fogos sendo um,
eles se fazem um
com seus pés,
pau,
cu,
boceta,
bocas,
e tanta pele
que se entram um no outro
até vela desmanchar na manhã.

Vela azul foi-se e acabou.
Rosa ainda restou.
Ela também restou noutro dia naquele quarto.
Fazendo companhia pra vela rosa,
sendo companhia pra ela mesma.
Reacendeu o rosa.
E aquela vela mais que chorava,
derretia,
se derretia
e era derretida.
Fazia-se espuma sólida colada no tempo.
Gozo parando no tempo.
Resquícios do sexo.
E sabem ficar assim,
as duas,
ela e a vela.
Sabem ficar com restos de sexo no corpo,
fazendo espuma rosa no pensamento.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

É Lua

Proteção
Toda cheia de proteção
Vem o tambor
Beija o violão
E faz esse berrante vir pro coração

Sou toda mar
Toda água
Num verde
Num azul
Brilho que me carrega nas redes de uma criação
Gero
Sou gerada
Existo nas águas que me fazem
Vou fazendo, vou nadando
Pernas subindo
Estou no fundo do mar sendo acolhida pelo azul e verde

Esses corpos cantantes que me cobrem e me guiam
Vão recebendo do céu todo o fogo da existência
Em nome dos santos vamos expurgando a sombra
Dói ventre, dói estômago, dói mundo que é barriga

Vou com Santo Antonio
Levo e sou levada por amor
Numa alegria que lacrimeja cor

Olho pra luz,
braço que se ergue
em meio à solidão que pesou

Fogo na coluna
Fogo
Sou fogo
Então peço que se queime todo o mal
E o sombrio peço que se esvaia

O gosto

Abri porta

Pedi verdade
Pedi verdade
Vem vindo verdade
Vou me deparando com só verdade
O intenso chega
O profundo que me guia
É de força
E sem saída
Abri
Estou sendo cozida pela iniciação

Então ouço que não há fim
E só caminho
Caminho
E danço

É o tempo
É o tudo
É o ser
É a força
É o É

É dança.
Universo É dança.

Início

Só começo por não saber por onde começar.
Que é mais, 
que é além, 
que é É.
Não sei qual a mão que prende meu escrever,
só sei do pensar que é lembrar.
Voltei.
Voltei ao normal, 
ao cotidiano, 
não diria vida já que aquilo é mais vida.
Ou aquilo é além da vida, 
aquilo é vida e morte, 
aquilo é Universo, 
aquilo...
Um relato então já que poesia disse não.
Enrolo a linha do tempo.
Cronologia linear do tempo.
Dessa linha, ele pegou as duas pontas e as uniu, 
fazendo círculo-ciclo de tempo.

Alguma vez eu realmente estive só? 
Eu escrevi só pra mim? 
Tudo que vem/sai de mim precisa ir pra alguém. 
Não dá pra uma vez deixar uma coisa só comigo? 
Assim, guardada, como se fosse segredo? 

A vida está realmente diferente
Eu na vida.
O que sinto agora pela vida.
Isso é gostoso, viver.
Simplesmente estar viva.
Só olhar isso acontecendo.
Quando estava com dificuldade de voltar, 
só pensava que queria paz.
E acho que a paz é isso, 
é estar viva agora...
Eu lembro que queria uma paz, 
uma tranquilidade, 
queria dormir, 
desligar.

Era aquilo mesmo, de estar conectadíssima com meu pensamento. 
Tudo o que existia e muito forte eram aquelas sensações, 
impossível de desconectar delas.
Minha barriga parecia ser o mundo.
Eu e a dor
o incômodo na barriga.
Aquilo grande.
A barriga me envolvia.
O estômago, 
o ventre, 
tudo

domingo, 2 de junho de 2013

Vai

Destroço aqui minhas linhas descritivas.
Queimo véus e pedidos.
E lembro desse sorrir.
Esqueço como escrever
e acordo pro viver.
Sem qualquer roupa
me deito num fingir
e abandono começos
pra renunciar guerra civil
dos meus estados mentais.

Pós pré

Meus poros pedem registro de todo esse respiro
Então peço penas emprestadas
Pra escrever poesia

O trem hoje silencia como nunca vi.
Ao estacionar, portas abrem e silêncio pousado se instaura.
Como se até trem pedisse meditação.
Tudo passa lentamente.
E a caneta emprestada,
essa moça me deu.
É ela amiga dessa poesia,
impedindo que ela seja impedida de continuar.
Ô moça, fica com Deus
enquanto fico com sua caneta.

Ali em São Caetano as gotas batiam bonito na poça.
Era como chuva em pedaço de espelho.

Volto de sonoridades inebriantes.
Volto de fogo que veio para nos calcinar.
A existência pede que se queime toda a mente
e que sejamos mar.
Mar de silêncio.
Gotas de luz.
Vou me fazendo luz,
a passinho por passinho,
num caminhar lento e profundo.
Mas se a mim vem luz,
é porque outra gota dela acendeu meu caminho
unindo com sorrisos os fogos em meio à escuridão.
Tomei chuva de pipoca
e sou abençoada por sons.
Deixo-me atenta
para as sutilezas
que não se dão
em palavras
e vou vomitando aquilo que for
razão das trevas.
Me preparo ou sou preparada pelo Universo,
pra tomar sol nessa sexta.
A vida vai me vindo assim nessa beleza.
Então lembro daquilo que cantei
depois de encontro com flores daquele satsang.
A tua presença vai
fazer sair de mim
sofrimento e toda dor
Com essa tua luz
me envolve de amor
O fim daqui é Brás que me traz um ponto nesse ponto de lembrar.