sábado, 31 de dezembro de 2011

egoísmo convocado pela liberdade

"Sua liberdade vai até onde começa a do outro."
É isso mesmo?
Está certo de que somos dotados de liberdade em nossos atos e exteriorizações de pensamentos, de imaginações e voos. Porém, se levarmos em consideração que ao incomodar o outro, devemos poupar nossos atos e nossa liberdade, esta não existirá!
Digo isso, hoje, sem generalizações, mas baseando em ocorrências constantes em minha vida.
As pessoas se incomodam por pouco, se incomodam se alguma atitude sua é um pouco além do que se espera de um alguém normal, nos padrões de respeito e etc, padrões ridículos onde reinam as leis da não-expressão, do conter o que sente, o que quer, o que tem dentro de nós mesmos.
Então, aos incômodos por expressões, eu peço licença, e trago meu enorme egoísmo. Pois se pra viver e demonstrar o que há em mim, o que sou eu, é necessário tal egoísmo, é deste que vou continuar sendo dotada.
Talvez o que as pessoas precisem seja isso, serem incomodadas.
Mas só talvez, porque certeza eu não tenho de ABSOLUTAMENTE nada (ou talvez tenha, do que busco e mais amo...)

Sintonia

A sintonia parece ser tamanha que eu penso, você diz
Eu acredito, você acredita
Eu quero, você quer
Sem intermediários
Movimentações interiores
Ritmos modificados
Sorrisos sinceros
Um bem enorme
Daqui transborda sinceridade
E pensando em você, como penso em você
Sem nem entender a razão disso
E pra que razão?
Já basta essa admiração, esse querer você
Que a sintonia continue a existir
Olhos sintonizados, simplesmente
Do mais simples, o mais bonito
Simplicidade complexa e intensa
Vamos curtir essa distância que aumenta a nossa vontade
A minha
E se sintonizados, que assim seja, que assim prossiga...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

madrugada

como eu amo a madrugada
silêncios e manifestações subconscientes dos que buscam sempre a conscientização infinita
os atos corretos e organizados
para desfrutarem, sentirem a feiura dessa beleza, comerem o amargo do nada
e a pedidos de sono, quando deve vir e repousar meus olhos, então que inexiste para a sorte da imaginação
o horário da imaginação
da liberdade
da cobrança sendo lançada em meio a um mato selvagem com roedores a espera 
cantorias silenciosas
a ausência das roupas tão limpas, cheirosas e bem passadas
a existência de um corpo verdadeiro, que sente e se amarrota inteiro
ou amarrota aquilo que não seja dele
tudo o que não for assim, pele, que seja simplesmente jogado e experimentado nesse jogo preguiçoso e bom
ao som de uma companheira da outra vida, uma companheira do amor e da arte
vou deliciando o prazer de simplesmente existir acordada
e obedecer ao meu corpo, entregar-me, ao menos uma vez na vida direito, nem que seja aos meus olhos

Verdades de confusões

                                                                         Um mistério que vai além de pensamentos e palavras. 
O real
O verdadeiro
O que se sente, de verdade
Como se pode entender até onde vai a superficialidade, a vontade, apenas o querer ser?
Não se pode. 
Então vamos vivendo até, nas ações, descobrirmos as verdades, só assim, só o corpo unido à alma é capaz de nos mostrar a real verdade, as emoções, os sentidos, as entregas. 
                    Distinguir o parecer do ser não cabe a mim, sou incapaz de entender minhas verdades, meus bons e ruins, meus pensamentos...Voam opiniões, invenções, desejos, imaginações... Até que pare, se assente, entenda, sinta, para que outros voos e confusões voltem, já que estas sempre me acompanham, me rodeiam, me cercam.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

REVENDONZE (inacabado)

Vem aí o fim de mais um ciclo, este ano tão maravilhoso!
O mais vivido, intenso, sentido, repleto de descobertas, de experiências e ensinamentos. A vinda de pessoas incrivelmente críveis e especiais que me formam, fazem, agora, parte de mim, do meu ser, minha alma, meu corpo, meu pensamento, minha vida, fazem parte de mim.

Foram tantos choros e tantos risos. Foram sentimentos verdadeiros, que vida digna de gratidão.
Espero conseguir realmente fazer bom proveito de tudo isso, que isso seja degraus nessa existência. Que uma renovação exista e venha outra fase melhor ainda, que meu olhar melhore, bem como meus ouvidos, movimentos e aquilo que saide mim para os outros, minhas ações, meus olhares e palavras.


Desde o início, a passagem pro ano novo, a ida a São Paulo, sem imaginar que ali passaria por tantas coisas, que naquela janela, que olhei à meia noite do dia primeiro de janeiro de 2011, eu olharia todos os dias, pensaria, observaria, cantaria, riria e choraria tanto.
A compra de uma revista capaz de mexer com meus sentimentos, meus olhares e pensamentos, a identificação com uma personalidade tão comentada, marcante, forte, por acaso e que simplesmente disparada contra o Sol.
Otimismos, porém, sem expectativas, sem imaginar o que viria.
A tristeza por não poder jogar meu corpo, em todas as suas partes, à minha paixão, não poder me mudar para a cidade grande, maravilhosa e surreal...
Eis que vem a praia! Quanta beleza num verão, leituras, sorrisos, xavecos, corridas, suor, água, bronzes, ondas, nados, músicas, pensamentos, foi realmente a melhor introdução pro ano que viria.
Surpreendentes decisões paternais, os telefonemas, a pesquisa, a felicidade, a mudança, agora sim, ser jogada na metrópole.
Não saber o que seria do ano e dos próximos dias, assim começava fevereiro, na expectativa, na carência de planos certos, aberta para o que poderia vir, sem saber o que seria.
E a luz, deus e as boas energias desse universo fizeram com que eu passasse a fazer parte do melhor lugar, a conhecer pessoas incríveis, a não me sentir solitária na cidade grande, QUANTA GRATIDÃO AO CLARETIANO, à todas as pessoas desse lugar, desde a coordenação, a direção, a equipe de professores maravilhosa, todos os funcionários, ou a grande maioria, tão especial, e não poderia ser uma turma melhor, que sala ótima, era pra realmente fechar, no terceirão, a vinda de pessoas e turmas incríveis que já passaram ao longo de toda a vida, de toda a cidade do interior, pessoas que eu amo tanto, que senti tanta falta e da gurizada do sul, tão especial, marcante e saudosos, desde os de início, simples, amáveis e queridos, até os positivos inteligentes, amados, engraçados...

admiráveis olhares

Eventos de um romance à primeira vista com graças e preocupações
Intensa admiração
Admiração que alimenta a paixão, a curiosidade, a vontade
Comuns objetivos, passados e desejos

Brindes à coincidência de reprovações gostosas
Resultados numa dúzia de fim de anos para nos apresentar a felicidade do futuro próximo
E de arte alimentaremos esse não sei o que
Sentimento duradouro de mal conhecidos
Garfadas nos sorrisos sinceros que evocam a maior admiração
Talvez algo platônico, porém tão real, tão instigante, tão misterioso

Passam pássaros carregados pelos ventos viajantes e naturais
A beleza da sinceridade amorosa, carinhosa, aproximante e apaixonante.

O que virá?
O que será?

Minha imaginação voa nessa vontade
Saudades do que nem foi vivido
Saudades do que foi apenas desenhado
Saudade de pelo menos imagens de expressões tão encantadoras, as suas.

Adoro um exagero
E apesar de me causar medo, atenção e receio, 
eu adoro essas perigosas expectativas.

Na tentativa de concentrar-me em minha maior e eterna paixão, esta pequena e iniciante paixão - você- ligam-se, unem-se de uma maneira tão encaixada que aí sim me atrai.
A beleza do teatro, da arte, do corpo, da vida, da expressão, da daça e do movimento funde-se à sua.
Aii, venha, venha, venha.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

mistura de sentimentos, de pessoas, de amados

Inchaços onde meu pensamento volta a você

Gotas de monotonia num lugar onde o ar saído da boca das pessoas treme em nervos, gritos e insatisfações
Uma grande diferença entra nossos pensamentos, nossos atos, nossas energias
Correntes nas bocas amarrotadas de uma aparência
Cobranças e mais cobranças
O desejo de outra personalidade
A falta de aceitação em diferenças
Uma barreira ao meu riso
Eu realmente sou a ovelha negra
Eu realmente não tenho nada a ver com isso
Meu lugar realmente não é aqui
Não que eu tenha um lugar
Mas a certeza de que aqui é um descanso, uma passada, uma morte na saudade, uma interferência na correria

E a vontade tremenda de uma fuga pro nordeste
Pra paisagens belas com sorrisos poderosos de um ser desconhecido
Ao mesmo tempo que tão próximo, tão familiar, tão conhecido, tão desejado
Tão boa a sinceridade que sai de mim ao me dirigir a você
Uma leveza proporcional ao seu brilho no olhar
A felicidade me invade
Sorrisos surgem
Pensamentos voam
A desconcentração vem
Quero a sua presença

E de você, vejo uma frieza
Vejo uma vontade
Mas uma vontade completamente diferente
Uma vontade de distanciamento
Uma vontade de substituição sem que você permaneça embaixo do que virá
Apenas lembranças
E que estas sejam apenas lembranças, não saudosas, não nostálgicas, apenas recordações
E que fiquem guardadas sem que queiram sair pedindo outras aparições quentes e encaixadas

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

VINDO DA MÚSICA NO AR

O cinismo de uma pera toda descascada pelos dentes brilhantes de um leão pedindo o afeto onde surgem macieiras cobertas de seguranças e mortes
Segredos escapados por uma boca amante de um carmim sedutor
Os enrolados de uma rebeldia amarelada e forte, descente, nostálgica, chocada, evaporada, secada, provocada
Danças de deuses do ar ou da água, do mais natural ao mais artificial
De uma existência exuberante e livre de conceitos provenientes de julgamentos fechados de uma mente superficial
O AMOR de uma paixão, o amor do ódio, o amor do desejo, o amor da raiva, o amor da vingança, o amor do sorriso, o amor da fuga, o amor da tranquilidade, o amor da frieza, o amor do calor, o amor do abraço, o amor do beijo, o amor da saliva, o amor da sede, o amor da fome, o amor da saciação, ou somente o amor.
Desentendimentos de um espírito desprendido, inseguro, porém, acredito que vivo.
As certezas escondidas onde não se pode encontrar nem faíscas do esconderijo
A complexidade desejada pela carência
Carência seja do que for
Caros carinhos carentes 
Fantasias de famintos fandangos casados

Vontade

E se eu disser que não paro de pensar em você?
Que estou sufocada por expectativas que talvez sejam destrutivas?
Será um vício?
Não sei, não sei, não sei...
Vontade, vontade, vontade.
Sem mais palavras, seus olhares são muito maiores que qualquer palavra...

prostituta

Acho que há, aqui dentro, uma prostituta que cobra sorrisos.
Ou uma carência que pede olhares.

domingo, 25 de dezembro de 2011

CONTRA O MOINHO

ficam colocando preocupações naminha cabeça
ficam colocando contas no meu caminho
ficam colocando julgamentos na minha personalidade e meus atos
ficam colocando barreiras no meu pensamento
MAS ISSO NÃO IMPORTA
O QUE IMPORTA É O QUE TEM AQUI DENTRO E AQUI FORA
ESSA VIDA
EU, VOCÊ E TODO MUNDO

Esse sistema quer nos engolir, e já engoliu muita gente.

Ninguém quer que a gente pense
Ninguém quer que a gente questione
Ninguém quer que a gente faça o que realmente quer
Todo mundo quer dinheiro, e que eu me preocupe só com dinheiro 
Eu odeio isso.

Eu tenho, no fundo, medo.
Medo de ser engolida, mas isso me faz mais ainda sobreviver ao moinho
Eu não quero passar pelo moinho que é o mundo
Apesar de perceber que realmente o mundo é um moinho
O que me entristece
Muito.

É tanta gente me puxando pra dentro, tantos julgamentos, mas eu quero e vou ficar aqui fora.
Vou ficar do lado da vida, do lado dos deuses que eu acredito, do lado do AR.
Do lado da arte
Do lado da dançar
Do lado da expressão
Do lado da sensação
Do lado da  verdade
Do lado da essência
Do lado da abertura de pensamento
Essa separação inexiste.
O que existe é o abismo da aparência, isso sim
E É NISSO QUE NÃO VOU ENTRAR.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pode ser

Rosas de fotos agradáveis e encantadoras
Olhares brilhantes chamando
Chamam como um foco de luz chama toda e qualquer atenção
Céus misteriosos onde braços revelam personagens brilhantemente construídos

Uma aparente idealização da necessidade

Antes, a boa e necessária solidão
Depois, a vontade de você

Botões nunca verdes
A aparição com dizeres exclamados tão bons
O verde atraente pedindo uma simples amizade
Não quero e sei que estou longe de idealizações

Ou encosto minha cabeça nos seus carinhos sorridentes e idealizados


Mas algo me instiga, me chama e talvez me queira
Uma felicidade pela felicidade alheia mostrando início de sentimentos escondidos
Nada mais bonito que seu olhar

Pode ser que seja tão ator capaz de apenas passar uma imagem equivocada
Mas pode ser que você seja mesmo o aparente brilho
Pode ser que não passe de uma aceitação virtual e superficial
Mas pode ser que aqueles olhares tenham iniciado tudo
Pode ser que essa aparência familiar seja apenas aparente
Mas pode ser que uma aproximação familiar realmente exista

Mas pode ser...

Algum mistério chama, mas nada chama mais que seu olhar
E como a cereja de um bolo tão apetitoso, esse sorriso acompanha o olhar...

Não sei, mas sinto.

Se tiver que vir, então venha.
Se tudo pode ser, então seja.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

observada

Ratos para pedir um niilismo pobre e decadente
O desânimo de uma saudade sem falta morta
A carência de vírgulas desnecessárias para a corretice orroroza
um tempo onde não haja nada nem ninguém para continuar
as bostas de um pensamento acostumado
toda a beleza aparente para mostrar-se belo aos olhos de quem quer a beleza
onde se esconde o que capacita a maior podridão que para lá não mais uma beleza ou podridão, mas sim a vida
apenas
as pausas de um relacionamento onde nunca ouve nem houve nada
buscas de uma incessante fuga hoje ou nunca

correções hipócritas

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MURILO MENDES

Preciso postar um não escrito por mim, PRECISO, pela preciosidade dessas palavras, pela maravilha disso, impossível descrever, é isso, nada mais que isso:

Mapa

Me colaram no tempo, me puseram
uma alma viva e um corpo desconjuntado. Estou
limitado ao norte pelos sentidos, ao sul pelo medo,
a leste pelo Apóstolo São Paulo, a oeste pela minha educação.

Me vejo numa nebulosa, rodando, sou um fluido,
depois chego à consciência da terra, ando como os outros,
me pregam numa cruz, numa única vida.
Colégio. Indignado, me chamam pelo número, detesto a hierarquia.

Me puseram o rótulo de homem, vou rindo, vou andando, aos solavancos.
Danço. Rio e choro, estou aqui, estou ali, desarticulado,
gosto de todos, não gosto de ninguém, batalho com os espíritos do ar,
alguém da terra me faz sinais, não sei mais o que é o bem
nem o mal.

Minha cabeça voou acima da baía, estou suspenso, angustiado, no éter,
tonto de vidas, de cheiros, de movimentos, de pensamentos,
não acredito em nenhuma técnica.

Estou com os meus antepassados, me balanço em arenas espanholas,
é por isso que saio às vezes pra rua combatendo personagens imaginários,
depois estou com os meus tios doidos, às gargalhadas,
na fazenda do interior, olhando os girassóis do jardim.

Estou no outro lado do mundo, daqui a cem anos, levantando populações…
Me desespero porque não posso estar presente a todos os atos da vida.

Onde esconder minha cara? O mundo samba na minha cabeça.
Triângulos, estrelas, noites, mulheres andando,
presságios brotando no ar, diversos pesos e movimentos me chamam a atenção,
o mundo vai mudar a cara,
a morte revelará o sentido verdadeiro das coisas.Andarei no ar.

Estarei em todos os nascimentos e em todas as agonias,
me aninharei nos recantos do corpo da noiva,
na cabeça dos artistas doentes, dos revolucionários.

Tudo transparecerá:
vulcões de ódio, explosões de amor, outras caras aparecerão na terra,
o vento que vem da eternidade suspenderá os passos,
dançarei na luz dos relâmpagos, beijarei sete mulheres,
vibrarei nos cangerês do mar, abraçarei as almas no ar,
me insinuarei nos quatro cantos do mundo.

Almas desesperadas eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes.
Detesto os que se tapeiam,
os que brincam de cabra-cega com a vida, os homens “práticos”…
Viva São Francisco e vários suicidas e amantes suicidas,
os soldados que perderam a batalha, as mães bem mães,
as fêmeas bem fêmeas, os doidos bem doidos.
Vivam os transfigurados, ou porque eram perfeitos ou porque jejuavam muito…
viva eu, que inauguro no mundo o estado de bagunça transcendente.

Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados,
dos amores raros que tive,
vida de planos ardentes, desertos vibrando sob os dedos do amor,
tudo é ritmo do cérebro do poeta. Não me inscrevo em nenhuma teoria,
estou no ar,
na alma dos criminosos, dos amantes desesperados,
no meu quarto modesto da praia de Botafogo,
no pensamento dos homens que movem o mundo,
nem triste nem alegre, chama com dois olhos andando,
sempre
em transformação.

(Murilo Mendes)

dia NUANCEADO

Agraciados e maravilhosos dias
Nuances de sofrimentos doídos e amargos com sorrisos, gargalhadas e olhos de amor ao mundo, a cada pessoa, a cada olho que encontra o meu. O desejo de abraçar cada indivíduo e até mesmo as tão belas, misteriosas e sábias nuvens, esse céu tão bonito, que beleza são as imagens dessa cidade, desse mundo, dessa vida, desse ar, desse Deus, desse amor.
Valorizo então esse bem estar passando pelo mundo e pelo amor, uma vez que há segundos chorava, doía, tremia e necessitava de pelo menos aquele abraço, nem que fosse apenas um encaixe, um o que quer que seja, um
Conhecer a dor para conhecer mais ainda o bem e o bom, o sorriso sincero, o olhar aberto, o corpo leve

BANHO NA ALMA

Benção e rito do chuveiro
Banho das vontades apenas se existir
Para ser então banho
Banho de choros
Descontentamentos
Raivas
Desejos
Provocações e vontades

banhos da voz forte exteriorando a preciosidade da alma
intensidade de um foguete de água molhando até o fim de cada sangue, cada tecido, cada víscera, cada corte, molhando a alma
levando e trazendo a bondade de um calor amenizado, um calor derretido em água fria.

Estrias de uma água musical e musicada
Repleta de cores e pingos por todas as paredes
As ideias bombardeiam chuveiros instalados no cu animal de cada ouvinte da imagem
E hidratam a dor de uma necessidade de uma paixão cruel, uma paixão injusta, ingrata, sofrida e transformada em lágrimas que se fundem a cada gota do banho, a cada pedaço do chuveiro e a cada ar do banheiro
gotas misturadas e homogêneas com toda a energia

CORRENTES DE UM CORAÇÃO

E não sobra ninguém
Não sobra nada
Sobra apenas a solidão
São os restos do poli amor
Os restos de variados desejos, variadas companhias e infelizes respostas

Mas você não se lembra.

A intensidade toma a frente, e que assim seja.

Eu sei que tenho um coração inconstante, ingrato, injusto.
E não só o coração...
Mas ele comanda, desculpe-me por ser tão corajosa até nos momentos de maior fraqueza.
E assim, a libertação é impedida por um coração acorrentado.

A sensibilidade parte para o lado onde não há divisões, onde tudo é tudo, onde até o nada é tudo, a sensibilidade, o ritmo, a emoção, a música.

E amor, amor à vida, CONTINUE, ESSE AMOR, CONTINUE, O AMOR À VIDA, À ESSA CIDADE, AO SURREALISMO DOTADO DE VERDADE E SENSIBILIDADE, DE VIDA, VIDA, VIDA, DE NATUREZA, DE SORRISOS, DE OLHARES, DE VIDA. A BELEZA DAS NUVENS, DO CÉU, DAS CONSTRUÇÕES, DE TUDO, A BELEZA, ESSE AMOR, SÓ ESSE AMOR, QUE ESSE AMOR CARREGUE OS OUTROS E NÃO DEIXE QUE ESTES SOBRESSAIAM, POR FAVOR.
Talvez carregue a possibilidade de rodriguianismos
Ou talvez seja só amor.
Ou talvez seja só amar sofrer.
Mas o que talvez seja mesmo é amar viver. Só isso. Só viver, sentir, viver...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Paranóias de uma ressaca

Difícil de dizer as gargantas de uma cerveja seca nos canais vermelhos e molhados
Folhas aguadas de uma ressaca tão seca quanto a chuva de uma doença banhada em uma rainha das águas e sereia do mar
Beijos lésbicos de meninas provocantes enfiadas em detalhes de maturidade
Rolos de cabelos fedidos de um cheiro tremendamente doce e agradável
Dizeres de um contra redacional ou vestibulando
Tomates de estômagos lotados de merdas para serem jogadas onde abre o canal
Saiba de um pensamento gargalhado em garras filtradas em nojos aumentados por um único fio
Sintomas de uma janela iluminada em meio a tantos tormentos, tortos e curvos prédios republicanos copanos
Festas ali onde sexos ali e tédios ali televisivos ali com proibições e mentiras daqui
Enganos de um maduro tentando passar uma verdade mentirosa tão desnecessária
Intenções de uma cama virada em escadas para saciar o vento que vem
Jogos de corpos sucumbidos pela música 
Batidas de um foco quieto e enérgico
Clássicos sobrando onde falta a crítica de uma cultura pobre e amante de energias
Pequena como um corpo cabível à mala de figurinos

UMA VOLTA VITAL

Seus olhos azuis de uma calma bonita
Seu enigma numa sinceridade tão desejada
Sua cama de livros, de desejos, de sorrisos
Graciosos olhares
Tapas de uma agressividade boa
Força de um desejo
Rasgos de uma decepção
Dicionários filosóficos tampando o buraco da espera
Flexibilidade de uma brincadeira sensual
Sonos de uma vontade
Não me queira tanto assim
A todo momento
Mas não vá embora
Como você me agrada
Como você é lindo
Entenda meus sumiços
Desculpe minhas faltas

OLHOS DE RAÍZES

Sorrisos de olhos brilhantes

Silêncios que dizem tanto
Intensos olhares de um desconhecido
Ambos desejos
Ambos objetivos
Semelhantes futuros
Pipocas envergonhadas desejando boa sorte
Presença marcante 
Algo você tem
Carrega nesses olhos lindos 
Nesse sorriso
Um otimismo
Uma vida
Encantadores olhares
Quero te conhecer
Jogo aí mais talento
Talentoso
Brilhante
Pára de sorrir assim
Pára de olhar assim
Só em fotos já me faz sorrir
Pára de me fazer querer-te conhecer tanto assim
Só não pare com o que digo pra parar

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

VOLTA AO VÃO

barulhentos pratos sujos de motores fodidos 
Caminhões de caminhos estreitos e arvorados
lutas de um jovem sonhador por um lugar no céu, no sol, graças da falta morrida em lugar de flores esperançosas. 
Viadas mortas por esquecimentos de pavões peludos e carentes 
tão quanto carinhosos e egoístas 
tão quanto manipuladores e espertos 
tão quanto filhos da puta e gostosos
 tão quanto ridículos gozando e jogando à imaturidade uma paixão incabível

DESIGUALDADE EXAGERADA

Você não se dá conta do que causa em mim
Ah que desigualdade de sentimentos
Se a razão assopra, me chama de exagerada,
Se a emoção me venta, me enche de querer.
Desigualdade de idades, responsabilidades, momentos, sentimentos, preocupações, desejos, necessidades.

E por que o seu cheiro volta aqui?
SAI DE MIM.

Nada
Nada
Nada capaz
O distanciamento
A desigualdade

Pare de somente existir,
ou nem isso,
de sumir. Eu odeio você.
Hipocrisia da saudade, agressividade da falta.

Basta de exageros.
E os destinos que se fodam.

ILUSÃO PEDE FALTA

Há uma maldita que mesmo em meio a isso tudo, ousa vir.
A ilusão.

Não passo de uma iludida
E ao iludido, cabe um futuro recheado de fracasso, tomado pela realidade.
Alguém que não soube cuidar.
Imaturidade de uma paixão irracional.
O desejo de fuga molhado em esperança.
Como é infeliz fingir a felicidade.
Fingir a falta de faltas.

Quanta carência
Insatisfações dos quereres amorosos e principalmente carnais.
A idiotice de uma paixão.
Meses de quereres.
O bom que acaba,

Ah falta de realidade que me invade, sufoca e maltrata.

Desconcentração.

Desfocos.

Delírios de criaturas idênticas fugindo, não me ouvem, não me veem, só andam rapidamente, sempre para longe de mim.

E então, a perda.
Desespero da perda.
O terror da perda.
A escuridão da perda.
A esfumaçada perda e sombria perda.
A amarga perda.
A perda do que nunca se teve.

Se a falta é a morte da esperança, 
então ela está vindo, 
falta, venha, 
não mereço mais a saudade
preciso sentir a falta
apenas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sopro de tranquilidade

Parece-me que agora vem um sopro de tranquilidade
Não monotonia
Uma tranquilidade de emoções passadas
Ansiedades saciadas talvez
Deixando que esse ar vá para onde for soprado
Que a vida leve onde deve levar
E o que vier, eu vou segurar, observar, cultivar
Com olhos capazes de olhar, não apenas se posicionar

Uma pequena estase para que venha a próxima intrusão
Mas somente quando for para vir

INCENDIADA CIDADE SURREAL

Expectativa para o ritual do surrealismo paulistano
A cidade tirando férias, banhos de vinho e fumaças de poesias
Wi um llar homenageado
Acesas e repletas do vermelho animal com tumores
Rios de deuses e ninfas
Uvas dos escondidos sexuais
Espirros de liberdade
Almofadas de chão deitado, sentado ou levantado
Drogas fissuradas em sacos de lixos de jornais verdadeiramente irreais
Ver a cidade com veracidade
Amor a tudo isso
Amor a tal espetáculo
E venham moças bonitas em bicicletas carregadas por caminhões de mudanças
Lençóis do amor sambado pelo francês
Inferno de um céu positivo inconvencionado
Frutas gostosas de estupros pintudos sem sacos
Gulas de um avarento afogado em merdas comidas que não voltam para o cu
Masturbações com a riqueza superficial e empresarial
Graves delírios de uma traição cidadã
Raivas de suicídios hipotesiados
Juntas de marfim, beijadas por moças de um ou dois andares
Nunca mais o amor vai brilhar ali onde você só olha o que não olha
Então se abra, olhe quanta beleza num espetáculo
Quanta beleza num ritual
Quanta beleza
Quanta energia
Quanto tesão
Quanta expectativa
Corredor de coqueiros de uma revolucionária, pensante e despadronizada
Penachos de um gavião melancólico dependentemente brasileiro
Paulistano
Humano
Verdadeiro
Essência-all
Evoé!

Olho-te, cumprimento

Deixa vir essa gaivota feita de nuvens bonitas brilhadas pela luz da salvação e do seu olhar
Quanta sorte
Natureza do futuro gordo e finalmente englobado de farinhas e galões de felicidade
Jatos de energia bombardeando a pele do fogo torturante e henergizante de onde os olhos dizem as bocas e querem bocas juntadas
Leilões de quilos de pobreza para ricos preocupados com os cabelos lindos e peles perfeitas
Nobre sensação dolorosa bondosa quando tiro uma faca do bolso e mostro a alegria da morte
E trago as palavras de pilares pela sua interioridade reflexiva
Interioridade boa
Algum futuro dos ciúmes perfeito fingido casos com falta de confiança
Tesouros tão abertos da boca fedida e gostosa
Limpeza da monotonia
Organização da chatice
Desordem da vida
Amassos vivos
Régua desnaturada
Apertos de mão quentes
Enérgicos
Transbordantes daqui para ti, de ti para mim

Olhares de amor

Eu amo a vida
Eu amo sorrir para desconhecidos
Sorrisos sinceros e respirados
Eu amo cantar na rua, sozinha ou não
Principalmente sozinha
Eu amo o céu
Eu amo olhar o céu
Eu amo pessoas
Eu amo GENTE
Eu amo abraço
Eu amo corpos
Eu amo movimentos
Eu amo dançar
Eu amo teatro
Eu amo a vida
Eu amo palco
Eu amo
Eu amo isso aqui
E eu vou continuar amando
Que venha a fuga da mentalidade comum
E da falta de beleza na simplicidade, na natureza, nas reflexões
Palavras, palavras, somente isso.
Amo mais que isso
Mas ainda assim, amo palavras
Amo pensamentos, amo escritos
Amo poesias
Amo músicas
Amo ritmos
Amo cores
Amo olhares
Amo lágrimas
Amo lágrimas
Amo lágrimas
Amo sorrisos
Amo sentimentos
Amo me abrir ao desconhecido
Amo ser algo a alguém
Amo deixar algo em outra vida
Amo fazer a diferença, um segundo que seja
Amo fazer você sorrir
EU AMO, AMO, AMO, AMO

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ENTRAMOS NESSA MÚSICA ENVOLVENTE

Usando pensamentos e dizeres do meu tão querido MV
Onde sinto a compreensão, o companheirismo e o poder de algo maior
Algo que me fez presente aqui
Foi onde pude olhar melhor ali e aqui
Usa a maturidade sem convicções bobas
Usa a maturidade com o coração aberto
O coração que pode varrer do meu e do seu o que pode ser sujo

Envolvi com a música,
Quem foi que colocou essa música? Talvez o destino
Quem quis me puxar para essa música?
Você.
E eu.
Nós.
Puxamos-nos para a música energicamente sensual, uma música romântica, mas, sobretudo aquela música que nos diz tudo, aquela que nos identifica, aquela que precisamos
Precisamos, identificamos, deixamos tocar, você tentou pará-la
Num surto doentio, escorreguei tentando voltá-la
Você me puxou, me olhou e juntos voltamos
Música tão cheia de altos e baixos
Calma, agitada, mas deveria ser escutada bem baixa
Enquanto muitos buscavam ouvir por detrás da porta
Estouramos o som, aumentamos o volumo no máximo
Uma música baixa não nos suportava
Música alta para sensação alta
Música transbordante para sensações transbordantes
Músicas com cheiros para sensações cheirosas
Músicas encaixadas para o nosso encaixe tão perfeito
Abriram a porta, ouviram a música, nos viram dançando
Eu estava ali, somente curtindo
A proibição disse-te que aquilo não era música pra você
Todas as pessoas vêem, querem, mas dizem que isso não é música para nós.

No escuro, não consigo ver se você continua a dançar

Comigo mesma, com passarinha, com MV, percebo
Percebo que eu posso parar a música quando quero
Equívoco
Percebemos que eu posso parar de dançar quando quiser
Que dançar só depende de mim
Que dançar é bom
Mas preciso viver dançando, não dançar para viver
Essa música pode continuar, mas e a nossa dança?
Deixa que ela exista se for o melhor
Mas vou dançar com a possibilidade de conter meus músculos tão dançarinos
Conter meu cheiro dançarino
Não, esse continuará a existe
Posso conter apenas os músculos dançarinos, apenas isso
Ou nem isso.

Eu não vou me adaptar.

Eu vou me adaptar.
Vou sair desse exagero que me toma
Ou vou entrar nele quando quiser
Mas sabendo que posso sair

CONFIALIANÇA

Confiança, um troço realmente muito louco
Olhos dizem sim, bocas dizem não, olhares de superioridade dizendo que confiança não há
Olhos amigáveis soando a confiança mergulhada num companheirismo amigável
Repressão das idéias fechadas
Só é se é mútua
O que faz dela existir?
Será a capacidade de transparecer?
Ou a capacidade de possuir o ouvido da graça colada?
São olhares de olhos capacitados
São ações
São palavras
São pensamentos
Bocas cheirosas pedindo a falta de cheiro
Mãos duras pedindo o carinho
A falta de olhar compreensível preocupado pedindo o amor da confiança e da tranqüilidade
Mas algo sim é de se afirmar
A cobrança é a maior arma da confiança
Uma arma pode existir, mas precisa ser utilizada?
Não se sabe nem mesmo o que é capaz de dizer
Ou capaz de pensar
Sabe-se apenas o que se sente
Ou não se sabe
Sensações tão encharcada de possibilidades
Mal entendidos dos olhares
E assim é?
Apenas se lhe assim parecer
Parece e pode ser
Parece mas não é
Só não se diz parece e é
E por que não?
A arma da confiança ali escondida quando os olhos vieram confiantes
A prender o que mais posso aprender, vou indo, vou levando, vou sentindo, vou vivendo...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

POSI-SÃO

cantados e completamente sussurrados nos pés de um olho faminto
janelas do corte ferido de um sangue inquieto e curioso
unhas da visceralidade apalpada e colorida
nuvens do fogo jorrado
calma das pernas maquinadas e despensadas
recuperações dos feixes brilhantes
leituras desconcentradas
com o centro do aleatório
centro do par
par da clareza
jibóia apaixonada pela pele
pelo osso
pela alma
pelo mais poderoso
por outra imensidão profunda
humano ser futurista histórico
caminhos coloridos e dourados por onde passa um bicho preto sorridente nos olhos amargurados
caverna clara do imenso breu
escorregadio poder
velho sincero das ondas
da calma e serenidade tão bem colocadas na grosseria exigente

APERTO

O escuro do medo nem sei de queO sufoco, uma mão interior apertando, tirando a última gota, espremendo o coração, o estômago, o esôfago, os olhos
Tantas vezes ditas volta, tantos quereres, tantos errosA escolha da agonia frágil e modesta de um fundo de garganta ou do cuGotas de suor da porra fazendo lágrimas em mim
Um mundo caindoE ainda o exageroMas só com exagero pode-se falar de exageroDe amores inventados tão perfeitamenteQuanta verdade pra inventar tal paixãoE quanto exagero
Maravilhosas flores negras, desbotando, caindo, mordendo, secando, sugando todo o ar do universoProfundidade da culpaDo medoFugaA necessidade de alguémVenha passarinha, ah quanta gratidão, realmente um anjoSó o seu olhar pode me fazer melhorE o abraço
E como tudo se encontra?
Morrerei no silêncioViverei eternamente a falta de tudoSimplesmente por querer tudoE saber que o querer me traria a faltaServidão da terra tão sincera
BurriceOu ingenuidade?Ou verdade?Ou sinceridade?Diante tudo, digo e confirmo: burrice.
Morrerei então eletrocutada, enfiando com a maior vontade, quase gozando, o dedo na tomada, aquela tomada tão proibidaMorra.Mas antes, vivaE não queira viver intensamente, Muito menos viver como quiser, A não ser que queira morrer por viverE agora, agora direi que prefiro morrer voando?Ainda prefiroE é por isso que a irracional vai morrer eletrocutadaFoi avisada dissoDaquiloE de tantas outras coisasE se afundou por isso e aquilo
Venha o sonoQuero dormirNão, não quero dormir já que não quero sonhar, até em sonhos só vem realidadeQuero andarQuero andar na chuvaNão, chuva não, chuva remete a uma das melhores sensações já sentidas por mim, me remete, sobretudo, a vocêSim, andar, chuva, lágrimas, ou o que tiver que vir.Não quero drogas, quero somente lágrimas
E talvez a morteMas não se assuste, eu gosto de querer a morte.Isso não é nenhum terror, nenhum problema psicológicoProblema psicológico é submeter-se a tudoOu não.Sim, é problema, é o que você quiser que sejaMas de uma coisa eu sei: eu não sei
NO CU.

Ameixa

Eu quero ver um museu de novidades desconhecidas
Quero a força da natureza do mais profundo frio do calor aconchegante da energia onde o poder sobrepõe a razão
Dinheiros rasgados e cagados para cima
Tocados fogos dos violões maléficos da propagandas programadas provisuais e profalsas
Garganta foguenta ardente do brilho matutinoda vereda circulada por um giz tremendamente gordo e pequeno
Onde figuras soltam peles fadigadas fora da cama e do chão onde terras e mares afundam para um vulcão fogo do calor imponente berrante gargalhado feito de candelabros porque tudo brilha garglahando horrores feitos pelo felipe umbigado e achocolatados do  oficina tremendamente vivo e verdadeiro essencial ao animal humanamente humano  e animalmente desumano ou humanamente desanimalzado
virtuoso do significado

VAGOS OLHARES

A intensidade sugada,
a leveza boa corpórea do pensamento.
Influências do líquido,
recipientes bons, desejados, amados,
líquidos solidificados.
O calor da observação, do ouvido e do perceptivo.

É preciso mexer,
mais ainda apenas parar na observação.
E se a morte viesse?
E se o futuro viesse?
E se olhos do presente não existissem?
Não sei se gosto mais da existência,
de existir
ou do mistério.
Cocos miseráveis.
Olhares galanteadores do que vê a pequena escrevendo.
Vozes comidas e lançadas por uma música,
mulheres e resmungos.

Será que você ainda pensa em mim?
A outra agora toma consciência,
OU NÃO.
E o destino, o que diz de nós?
Eu sou louca por você,
traz de novo sua presença, por favor.
A correspondido e infeliz.

DE-CISÃO

a lua assopra o calor do dia vindo da tranquilidade de levar numa boa o vento da existência secreta e averta ao até afastado ser
problemas de preocupações modernas e observadas, razão existencial sem o inconsciente e trabalhados na falseta tão verdadeira
indecisão,
linha,
corda bamba,
o compromisso e a beleza do imagético, os ensinamentos e disciplinas do centro paternal do filho
o sorriso de uma menina  leva
estouros porteiros da faixa lateral da noite
a existência misteriosa
o encaminhamento da vida
o medo da solidão
a vontade de você
odeio ter sido tão bom
amo distanciar
a troca sem
lixos esmagados numa surpresa presa e inalcançável
voando pelo números
quero possibilidades
ou decisões já tomadas
quero mesmo o tudo

domingo, 4 de dezembro de 2011

nós sem nós

eu preciso saber da sua vida
agonia marcando o passo das lágrimas seguradas insistentes
eu preciso saber de você
mas a culpa acalma minha necessidade
e volto para a fuga
para o pensamento procupado

mas de nada adianta

e a saudade cobre o que é sobretudo invisível
e visível nos meus olhos
na minha respiração

nós sem nós
com um nó dourado
do poder dos bens
de toda uma vida construída
de todo o amor de outro alguém

AUTO PENSOS

Higiene tão familiar da cecília santa, ó polis
Surrealismo tão verdadeiro e saído da mente sem razões e escolhas
sem preconceitos e decisões
por isso tão bom.
Recruta do vento no salto da baixa
Temporas dos pés doloridos e amassageados
Simpatia do vento regional limpo e mendigado
Corrupção do artista visto por aparência e não sensibilidade
apenas o rosto bom e vendável,
artista porra nenhuma.

sábado, 3 de dezembro de 2011

SINCERA INDECISÃO

Alguma agonia prendendo a doação completa do desejo completo carregado de incapacidade completa dos feitos incompletos.
Sem o pensamento na busca pela profunda sinceridade,
quero a leveza da verdade,
já que sendo verdade, brutalidade e dureza tornam-se leves, transparentes.
Venha glasnot.
Quero te dizer
E transborda de cada profundidade e extremidade de meu corpo a perdição,
a indecisão,
quantitativos tiros imiráveis tão focados,
com sangue nos olhos
e o desejo de fazer
Entrego minha alma ao que possa me trazer à arte,
entrego o destino ao que à arte for melhor.

CAPTA A TROCA

Alugam casas e almas compradas do investimento ganancioso movido pela marca da satisfação superficial e desumana.
Carros e setas em busca do dinheiro.
Mercedes dos desejos mais cruéis e vivos da morte humana.
Rebouças saídas do aparente rico modesto e antipático soltando palavras capitalistas tão somente capitais.
Foco da riqueza bruta,
centro da organização desorganizada e injusta.
Aqui é seu? Você comprou?
Ah quanta posse dada somente pela compra,
compra,
compra,
vende,
endinheira tudo,
possuir tudo,
move tudo,
vamos então à linha do pensamento da ilha da troca,
não da compra.

SINESTEDIA II

O vento sopra o capricho de um caminhão da decisão musicada por sanfonas tristes da fazenda do meio. Tinta do quarto longe coberto pelo desejo de voar. Mangas mortas indecentes fechadas na batida do monótono e frio circulante do modelo vivo da ligação.
Plásticos da meia noite fundos e drogados das vozes escondidas, barulhentas e pretas que atormentam o metal da tentação urinada por uma janela da escadaria abandonada. Subida tremendamente forte e calorosa do encaixe de um rio. Figuras sexuais da decepção e do medo onde há a covardia da segurança. Brincos escuros perdidos pelos apertos alemães da via láctea onde Thamis embrulha seu bom humor numa caixa de ladrões mortos nos telhados de vidro. Sombras papeladas e voadas do jeito da salvação unida ao carnal e dançado viver. Energia ruim e pesada de uma alma tão inteligente e misteriosa ao mesmo tempo que sedutora e carente mostrando segurança ao mais homossexual grito de sinceridade. Furos de lasanha com bocas de ração da cebola apalpada pela forma do pão bordado no prato da ingrata gratidão por almas boas e vividas, bebidas e cantadas. Tão receptivas e amorosas.

desculpa por tanto egoísmo

Seremos engolidos pelo nosso egoísmo.
Estou afundada na culpa e orquestra da decepção própria, da falta de razão, imaturidade, burrice, amor, paixão, ciúmes, desejo, tão sem importância perto do amor real de quem te ama, quem adormece e gira em torno do seu mundó há anos.
Tão não merecedora, e eu tão egoísta.
Incalculável.
Perda de controle do remoto da emoção ao ser suado da energia viva, animal, quente ou fria, sempre boa e intensa.
Mares da sinceridade desejada no seu silêncio triste e intrigante.
Preciso de tempo para aprender a ser humana.
Devo deixar o animal quieto se vivo ao lado de humanos.
Apertada pela culpa, lágrimas doloridas do arrependimento sem ter se arrependido.
Admiração pela força da passarinha,
E desejo que o ninho do professor seja menos egoísta, para que não sofra como eu por ser tão transbordado de desejo.

Acaba então toda essa loucura que nos transtornou.


Passarei a querer o que fuja de proibição,
o que é repleto de amor para dar e não seja necessário o sofrimento de terceiros.