sábado, 10 de maio de 2014

Escritos do encontro

Enquanto me coloria com versos de Quintana 
Pela janela um grito de menina me chama
Vovó! Vovó! Vovó!
Um sorriso a brilhar todo seu corpo que pulava

A avó saiu do ônibus
Abraçaram-se como se acolhessem a alegria
Alegria de viver, de amar, de ser família

A avó com eles andando
Os olhos fixos da menina seguindo-a
Foi ver a felicidade desembarcando
Pele que vira cristal ao sol
Sou toda pontiagudos amarelo, verde, rosa
Pedi a benção do sol
Vi concretude da pele que me traz aqui
Lembrei de me ser
Do fundo de solitude em mim
Do agradecer por viver
Acompanhada dum lagrimar
Que salga meu ver
Como se sentisse prévia de essênciamar
Silencio enrolada feito feto

27/04
E o sabor dos olhos ao mar é o mesmo dos olhos ao transbordar de emoção.
Esse corpo, roupa do existir,
a qual moda está sucumbindo?
Qual costura está lançando?