domingo, 16 de agosto de 2015

era latido de cachorro era tentativa de violão
era o silêncio da noite era o sorriso do novo
era a sede de abundância era a gula da insegurança
era a incompreensão da matéria era o amor em guiança
viajou por horas e eras
cheirou os laços do passado
e se constituiu de fitas soltas
se entregando às novas danças
feito pau de fita em festa de São João
no vazio preenchido a pergunta ecoou
e se soltasse o que acredita necessitar?
restaria a dor, a falta, o desamor
que convocasse um se revirar
até compreender o fundo doce que acolhe
o acalento manso que agradece por tudo o que perdeu
e segue banhando-se de uma beleza ímpar
por olhar nos olhos do que viveu
com o desprendimento de lágrima que transborda
e quando essa lágrima gota do mar virar
me banhei no que viverei


18/07/2015

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