domingo, 16 de agosto de 2015

cai chuva
e dessa vez, também medo.
medo não da chuva
medo do amanhã.
tantos pingos ainda caem
e nas torneiras logo não mais cairão.
avareza agora é pela água.
medo agora é da falta de água.
se só assim se aprende a olhar ao essencial,
então o tal colapso é sagrado, é necessário.
só assim enfim se importar com o que vai além das carências afetivas, das vaidades, das invejas, dos orgulhos, das mentiras.
mas ao fim deste escrito, aquela chuva já parou.
continuarei nessa conversa contigo, chuva, para que você continue a cair até nos inundar de consciência, uma outra, uma nova.
uma cheia de zelo, enfim.


04/02/2015

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