domingo, 16 de agosto de 2015

Por que danço? ou Ode ao Fogo

Me fiz o risco
Mudei de corpo
Dancei o tormento mental
Deixei na terra a mentira
Desnudei a vaidade da minha dança 
Escancarei a carência
como quem vomita o rosa bailarina
E meus olhos colhem o tempo de olhar no rosto do mundo
Mundo em seu espectro desenhado em espectador
Com a entrega da (mu)dança
Dos meus pés transbordam o sémen que me fez
E assim me entrego ao invés de te tragar
Talvez eu saia arranhada mas é o caldo desse mar
Vem, entra nesse círculo
onde minha voz é minha mãe,
onde musicamos os órgãos,
onde jorramos verdade
e transmutamos a vaidade
Vem, que no fundo do meu agressivo intimidador
Tem brisa e água doce
Onde dançamos o desconstruir crenças
Onde cantamos a honestidade
Nesse lugar que ora é espaço cênico,
ora bocas que deságuam em meu coração


20/07/2015

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