domingo, 16 de agosto de 2015

Sol tar

Aquelas mãos fechadas 
consumidas pelo desejo de devorar e possuir
Eram lentamente abertas 
pela força das orações que fazia 
sem ao menos compreender o real porquê
Aquelas mãos se abriam
soltando tudo aquilo que mais acreditava amar
Soltando junto todo o medo do desamor
Aquelas mãos ganhavam então extensão na matéria
Era água que corria sem cessar
Aquelas mãos tocavam então um abismo
Era o abismo da liberdade
Era o perigo da imensidão do (a)mar


30/05/2015

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