domingo, 16 de agosto de 2015

O nada.
O cru.
O preto e branco.
O lamaçal onde flores sem raízes
não entram.
Onde só brota uma única e tão bela rosa
se tanto espinho cortante já se fez.
Onde as cores não podem mais ser pintadas.
Onde o desenho feito por mão de nada vale.
Onde entram somente as cores tão mutáveis
que o sem-nome faz no céu.
Dê-me a calma da raiz
A alma de tronco que suporta os ventos que pediu
E a dança das folhas que se dá sem nada esperar
Que os frutos de minhas árvores desenhadas já secaram
E nem os comi.

12/08/2015

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